Narro agora um sonho de que me lembro vagamente. As sensações são sobretudo auditivas. Dizem amigos meus que, à medida que os anos passam sobre o dia em que deixamos de ver, os sonhos tendem a ser povoados mais de sensações auditivas do que visuais.
Foi o que aconteceu aqui neste caso em que acordei sobressaltada, mesmo agitada e levei um certo tempo a concluir que tinha pegado no sono.
Não me lembro ao certo do contexto. Tratava-se de um evento desportivo que não era Futebol. Talvez um outro desporto que se joga com um taco de madeira e que é mais popular nos Estados unidos.
Como eu disse atrás, as imagens não passam de espectros. As Sensações auditivas, pelo contrário, sobressaem.
Um jogador com um nome tipicamente americano contorcia-se no chão. Não sabia por que se tinha lesionado ou mesmo se se tinha lesionado ou se estava a sentir mal por doença súbita.
Seia apenas que os sons que emitia eram arrepiantes. Eram sons de dor intensa, de desconforto extremo, de proximidade do fim. Eu estava impressionada. Não há palavras para descrever tão angustiantes sensações auditivas.
Acordei ainda com esses terríveis sons a reverberar no meu cérebro. Só depois me dei conta de que adormeci, embora por um curto período de tempo.
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