Por vezes há que variar um pouco os temas da leitura. Desta vez escolho um livro que não passa de uma reflexão sobre os dias de hoje levada a cabo pelo brasileiro Luiz Felipe Pondé.
Nesta pequena obra, o seu autor reflete sobre o caminho que o sexo tem levado nos nossos dias em que o politicamente correto está a arruinar as relações.
Hoje em dia, o assédio e o simples piropo são considerados atos de machismo. Vivemos, na opinião do autor, numa sociedade em que se dá a entender que gostar de mulheres é ser-se um violador e um machista.
Pondé antevê uma sociedade a caminhar para lado nenhum. Uma sociedade em que parece que ser gay é que é chique. No cinema e na literatura, como que se inverteu o papel do homem e da mulher. Isto para não se entrar no politicamente incorreto.
Estava a ler esta obra e estava-me a lembrar que hoje em dia, qualquer coisa que se escreva ou que se realize, é logo minuciosamente escrutinado pelos puritanos das redes sociais. Não só no que respeita ao machismo, feminismo, homofobia ou violência de género. Também no que respeita ao racismo, à deficiência e demais questões fraturantes, vemos que hoje caminhamos sobre cacos de vidro para não ferir suscetibilidades.
Luiz Felipe Pondé decidiu neste livro abordar as questões do sexo na sociedade moderna. Assiste-se a um novo puritanismo. As mulheres nossas antepassadas eram mais livres e disponíveis sexualmente do que as suas netas hoje em dia. Isto apesar de todas as conquistas femininas.
O autor, na minha modesta opinião de membro da sociedade atual, chega a chocar com aquilo a que chama emancipação masculina que permite, entre outras coisas, albergar o direito do homem a não aceitar um filho como seu.
Por último, Luiz Felipe pondé questiona o que seria de nós se os nossos antepassados tivessem adquirido os comportamentos sociais a que hoje assistimos. Provavelmente já nem existiriam seres humanos.
Discutível, no mínimo.
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