De vez em quando, faço uma incursão pelos clássicos que dispensam apresentações. Este é um deles.
Muita gente viu a novela que surgiu da adaptação deste romance. Tenho ideia até que fizeram há poucos anos uma nova versão com outros atores. Ambas terão passado na televisão portuguesa.
Este livro narra a história da cidade de Ilhéus em 1925. Era uma cidade muito pouco desenvolvida em mentalidades e infraestruturas. Nela mandavam os velhos do Restelo que impediam que as mentalidades mudassem e o progresso chegasse.
Era uma cidade onde ainda vigorava a lei da selva e se regia por códigos pouco recomendáveis. Era onde a bala e a faca ainda ditavam leis.
Foi neste contexto que surgiu Gabriela, uma mulata com um certo carisma que veio agitar a vida da pacata cidade. A ela ninguém era indiferente.
Ela adaptava-se aos diversos tipos de trabalho, tinha contudo um espírito selvagem. Era um espírito livre e a lição que se tira é que não se pode obrigar alguém a ser aquilo que não é e está contra a sua natureza. Gabriela era assim. Para quê mudar? Nasceu assim, cresceu assim, como diz a canção de Gal Costa que era a banda sonora da novela.
Apesar de não fazer o meu género, nunca tinha lido este livro na íntegra e não desgostei. Mais que uma história de vida, trata-se sobretudo de um romance de época.
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