Mais um alucinante episódio oferecido pelo meu subconsciente em que a principal protagonista sou eu.
O cenário é um qualquer evento de aventura. Estamos, portanto, ao ar livre.
O desafio prendia-se com escalar uma rocha íngreme e ameaçadora. Era para isso que eu lá estava. Nada de recuar, por mais que o friozinho característico do medo já me começasse a invadir.
Por uma questão de orgulho, dizia estar tudo bem, apesar de temer escorregar e resvalar por ali abaixo. Que comece o espetáculo!
Comecei lentamente a escalar aquela rocha. Ia medindo muito bem os movimentos para não haver qualquer tipo de deslize. Tremiam-me as mãos e os pés quando se pedia firmeza e segurança em cada gesto. Apercebia-me que a rocha era áspera, o que impedia que escorregássemos com facilidade.
Lentamente, fui progredindo. Já ia a meio. Agora voltar para trás seria impossível. Só mais um pouco.
Quase no fim, senti uma confiança inabalável. Um rasgo de felicidade povoou-me o espírito. Faltava pouco.
Último apoio! Cair agora seria fatal mas isso não iria acontecer. Balancei um pouco o corpo mas consegui equilibrar-me.
Quando cheguei lá acima, havia muita gente a felicitar-me. Eu ainda não estava em mim. Nem acreditava que tinha conseguido. Olhei para baixo com pavor. A felicidade tinha tempo de se instalar mais tarde. Estava preocupada apenas com uma coisa: iria descer aquilo tudo?
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