“A Maldição Do cigano” (impressões pessoais)

 

Stephen king decidiu nesta obra que se chamava Richard Bachman. Talvez seja o único livro que escreve sob pseudónimo.

 

Normalmente os escritores adotam um novo nome quando escrevem algo de muito diferente do seu género. Digamos que não se resumem a adotar um novo nome, são outra pessoa. Pois eu acho que este livro tem muito de Stephen King. Não há diferença nenhuma entre esta obra e as que assina com o seu nome verdadeiro.

 

Neste livro, o heterónimo de Stephen King leva-nos a conhecer Bill. Trata-se de um advogado que tinha a particularidade de ser um americano típico, com mais de cem quilos, amante de fast food e muito sedentário. Um dia atropelou uma cigana que atravessou a rua sem olhar. A cigana morreu e Bill foi ilibado no acidente.

 

O patriarca dos ciganos é que não se conformou com a sentença do tribunal e amaldiçoou Bill. A partir desse dia, de forma completamente inexplicável, Bill começou a perder peso drasticamente. Passou de obeso a ponto de ter um colapso cardíaco a um anorético que mais parecia um cadáver ambulante.

 

Outros dois homens que tinham de certa forma prejudicado os ciganos tiveram pragas de outra ordem e suicidaram-se. Bill não se conformou e partiu em busca do cigano para o convencer a tirar a maldição que lhe lançou.

 

Bill tem um amigo mafioso que o ajuda a se vingar dos ciganos. Será que Bill vai conseguir parar a maldição. Enquanto isso, ele continua a comer o que lhe aparece na frente…e os números da balança a baixarem preocupantemente.

 

Este livro tem todos os ingredientes a que Stephen King nos habituou. As palavras repetidas que quase funcionam como mantras. Quem não se lembra do “Redrum” na sua obra mais famosa. Aqui nesta a palavra é “emagrecido”.

 

Também os pesadelos premonitórios estão presentes. Em quase todas as obras de Stephen king os personagens têm sonhos estranhos e inquietantes. Bill não é exceção.

 

O final deste livor deixa muito a desejar. Nada que não seja novidade num livro de Stephen King. Dá por vezes a impressão que as obras ficam inacabadas e terão continuação mais á frente. Já há tempos fiz o mesmo reparo noutra obra que inclusive me levou a buscar outros ficheiros digitais do mesmo livro. Afinal era assim mesmo. Com este acontece a mesma coisa. Comeram a torta e depois?