Friday, March 04, 2011

Nem Messi, nem Ronaldo

Portugal e Argentina mediram forças na Suiça. Esperava-se um duelo entre Messi e Cristiano Ronaldo mas quem acabou mesmo por encantar foi o antigo jogador do Benfica Di Maria.

Logo no início do jogo Milito cede um canto depois de uma jogada de Cristiano Ronaldo que já começava o seu duelo particular com o Jogador Número Dez da Argentina.

Na resposta Messi cabeceia perigosamente na direcção da baliza de Eduardo. Estávamos apenas com seis minutos e entretanto Carlos Martins já viu um cartão amarelo por protestos.

Hugo Almeida era o jogador mais perigoso da Selecção Nacional mas era quase sempre apanhado em fora de jogo.

Di Maria chega ao golo numa jogada de Messi em que Bruno Alves foi impotente para travar aquele que é o melhor jogador do Mundo.

Messi estava muito em jogo, nem que fosse para afastar os seus companheiros de eventuais confusões. Depois ainda proporcionou uma defesa de recurso a Eduardo.

Vendo que o seu oponente estava mais em jogo, Cristiano Ronaldo empatou o jogo aos vinte e um minutos. Cabia agora ao argentino responder, o que não era difícil.

A partir daquele momento Cristiano Ronaldo empenhou-se em mostrar ao argentino as suas garras. Primeiro fez mais um remate à baliza e depois decidiu ele próprio fazer falta dura sobre Messi, o que lhe valeu um aviso do árbitro.

O Jogador Número Vinte e Dois da Argentina é um jogador interessante. Agora ia marcando um golo. Só virtuosos neste país! O Benfica tem imensos argentinos e qualquer um deles podia ali estar agora. Gaitan está no banco, diga-se. Di Maria- um jogador lapidado por Jorge Jesus- está ali a jogar que se farta e é uma das referências da sua selecção e do Real Madrid. É uma fonte inesgotável de talento, a Argentina e o Benfica faz bem em se virar para essas paragens em busca de jovens com um potencial enorme. Eu nem acredito que estou a escrever isto. Há uns tempos, aquando da vinda de Jara e Gaitan, eu amaldiçoava o número elevado de argentinos no meu clube. Para que é que eram tantos? No passado fim-de-semana os golos do Glorioso foram marcados com classe por cada um dos dois só para me calar e passar a dizer maravilhas deles como estou a fazer hoje.

O defeito dos argentinos é ferverem em pouca água. O jogador Banega, que tinha rematado há pouco à baliza, cometeu a proeza de se vir meter com Bruno Alves que tinha travado Messi em falta. Sujeita-se a sofrer dissabores, atendendo ao tipo de jogador que é o antigo capitão do Porto.

Cristiano Ronaldo também tem um péssimo hábito- o de cuspir. Se calhar será aí que ele é melhor que Messi. Com o exagerado aproveitamento da imagem do jogador madeirense para a publicidade, não sei como ainda não se lembraram de um anúncio em que o Jogador Número Sete de Portugal executasse essa actividade na qual parece não ter rival. Por que não um anúncio a um dentífrico ou algo do género?

O jogo chega ao intervalo com uma igualdade a uma bola. No duelo particular entre Cristiano Ronaldo e Messe nenhum dos dois está em vantagem. Na Argentina estou a gostar bastante de Di Maria e do Jogador Número Vinte e Dois que eu não conhecia.

A segunda parte começa praticamente com ma assistência de Cristiano Ronaldo para Hugo Almeida que falha.

Messi responde e obriga Rui Patrício que entrou na segunda parte para o lugar de Eduardo a excelente intervenção.

Depois de uma falha clamorosa da equipa portuguesa, Rojo ia marcando também para a Argentina. Segundo as más-línguas, este jogador esteve com um pé (senão com os dois) no Glorioso. Era mais um. Virá o dia em que jogaremos com a espinha dorsal da selecção argentina. É mau?

Por falar nisso, chega a informação de que o Sporting tem três jogadores na Selecção Nacional. Estamos a falar de Rui Patrício, João Pereira e Hélder Postiga. Pois...a serem todos convocados, o Benfica poderia ter aí uns quatro na selecção argentina. Neste jogo só tem um e está sentado no banco. Gostava que ele entrasse, o nosso brinca na areia.

A Argentina lança mais um craque em campo (que novidade). Javier Pastore já coloca Rui Patrício à prova. A partir deste momento há que ter cuidado.

Carlos Martins tenta a sua sorte de longe enquanto Pastore acerta na barra. O passe foi de Messi.

Já nos descontos, Messi faz o segundo golo argentino de grande penalidade assinalada por falta de Fábio Coentrão sobre...Pastore.

A Argentina acabou por vencer por 1~2. Cristiano Ronaldo, à semelhança do seu companheiro no Real Madrid Di Maria, foi substituído muito cedo e Messi ficou os noventa minutos.

Na Argentina gostei particularmente do Jogador Número Vinte e Dois. Com uns retoques de Jorge Jesus ficava um senhor craque. Na ponta final Pastore foi um quebra-cabeças.

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