Sunday, March 27, 2011

Grito na madrugada



Agora que estou de férias, é natural deitar-me a altas horas da madrugada para estar mais sossegada a ler e a escrever.

Já era mais de uma da manhã quando estava sossegada no computador. A sala estava silenciosa e eu devia estar a dar uma última vista de olhos em textos antes de os colocar aqui neste humilde espaço. Nem a música estava ligada.

Sobressaltei-me bastante. Do quintal atroou os ares um berro horrendo e profundo que reconheci ser da gata Feijoa. Fiquei com o sangue gelado e logo me lembrei do pesadelo da véspera em que ela foi a protagonista.

O que lhe teria acontecido? Teria sido algum cão que a apanhou? Seria outro animal que ande por aí à caça? De tudo me passou pela cabeça. Foi realmente um grito de aflição.

Quando a minha mãe me disse que ainda não tinha visto a Feijoa nessa manhã, a preocupação apoderou-se de mim e só descansei quando ela apareceu tarde e a más horas.

Em cima do telhado, ouvíamos um outro gato a miar. Seria o Léo que voltou para casa? Seria tão bom que fosse ele!

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