Friday, November 18, 2011

Personagens de um sonho

É incrível como o mesmo sonho engloba pessoas que eu conheço na realidade, famosos que qualquer pessoa pode reconhecer se os encontrar na rua, pessoas desconhecidas e que não devem existir na realidade e…pessoas de diferentes nações.

Com toda esta amálgama de personagens, é natural que o sonho em que elas entram seja um pouco confuso mas vou fazer o melhor para o descrever.

Coimbra, Póvoa de Santa Iria e Vialonga terão sido locais prováveis para a acção deste sonho que terá o maior número de personagens principais e figurantes de que há memória. No final tenho a sensação de que, na verdade, o espaço onde decorreu o sonho não se chegou a afastar das imediações da ESEC e do Pavilhão.

Lembro-me vagamente de nos termos deslocado todos até …Póvoa de Santa Iria onde havia quartos pequenos, só com uma minúscula janela que mal deixava entrar a claridade e com colchas grossas às riscas, mais conhecidas por colchas da Serra, por cima das camas.

Num pavilhão desportivo (no de Coimbra?) havia um monumental evento desportivo Jogava-se Basquetebol e outros jogos de pavilhão. Os representantes da comitiva italiana padeciam de diarreia e corriam que nem loucos na direcção das casas de banho. Que engraçado, já não é a primeira vez que sonho com italianos com problemas intestinais e, se a memória não me falha, o sonho até teve lugar…no mesmo local. Agora não me recordo do título do texto.

O estranho disto tudo é que estava em casa, sentada na sala com as luzes todas apagadas. O meu pai começou a resmungar que tinham deixado a luz da casa de banho acesa e logo atirou as culpas para cima de mim. Se há personagem que nunca sofre alterações da realidade para o sonho, essa personagem é o meu pai. Em todos os meus sonhos é retratado tal como ele é.

Apesar de eu lhe ter dito que não tinha ido à casa de banho nos últimos tempos, ele continuava a dizer que tinha sido eu, até porque não estava ali mais ninguém. Estava enganado.

O meu pai foi à rua respirar um pouco da frescura nocturna e constatou que havia veículos estacionados nas imediações de casa. Ele perguntou o que era aquilo e eu expliquei-lhe. Contei-lhe também que os atletas italianos passavam num corrupio para a casa de banho e chegavam a fazer fila. Pressionado pela urgência de um colega ou pensando que imediatamente a seguir viria outro aflito padecendo do mesmo mal, alguém deixou a luz acesa.

Os problemas de desarranjos intestinais nos italianos continuavam. O pavilhão desportivo ainda é o mesmo mas a indicação geográfica muda. Agora o recinto desportivo está situado em…Vialonga.

Uma jovem muito simpática ajudava de forma incansável todos os participantes com dificuldades, como era o meu caso e do meu amigo. Estávamos juntos. Pobre e mal-agradecido, como se costuma dizer na nossa gíria, o meu amigo ia maldizendo a rapariga que se desdobrava em o guiar por um braço e guiar um outro rapaz chamado André. As críticas do meu amigo tinham a ver com o facto de, alegadamente, a jovem ganhar muito. Quase o dobro daquilo que ele ganhava, segundo a sua fértil e venenosa imaginação. Era por isso que ela era simpática e generosa na ajuda que prestava. Toupeiras Dum Raio! Nem em sonhos deixam de invejar os outros! Mesmo que os outros sejam personagens oníricas.

Tive de o mandar calar e fiz-lhe ver que o facto de ele não ganhar nada tinha a ver com o facto de ele ter nascido …em França. Na realidade isso não se verifica. Ele nasceu em Portugal e não consta que alguma vez tivesse estado no Estrangeiro. Que eu saiba.

Na televisão passava o videoclip do novo sucesso de…Mickael Carreira. O seu novo sucesso que prometia fazer furor e ser cantado por Portugal inteiro era uma música bem cómica, quase a roçar o brejeiro. Mais parecia uma música do Quim Barreiros.

Mickael Carreira estava irreconhecível. Tinha o cabelo quase rapado, exibia um exagerado bronze artificial que quase permitia que alguém se visse ao espelho através do brilho da sua pele e usava uns horríveis óculos escuros que faziam lembrar aqueles que se usaram para ver o eclipse solar em 1999.

Entretanto, num espaço que reconheci Ser a ESEC, as tais raparigas simpáticas de duas lojas de Vialonga improvisavam um lanche.

A jovem com a qual o meu amigo não simpatizava alegou que era na loja dela que se vendia o melhor queijo de Portugal. A sua colega exibiu metade de um bolo enorme daqueles que a minha mãe costuma cozer pela Páscoa. O bolo cheirava agradavelmente bem. Fazia lembrar a minha infância quando eles erram guardados no armário da sala. A minha avó tinha de andar a guardar-nos para os não irmos comer às escondidas.

A refeição ia começar quando acordei. Escusado será dizer que acordei com água na boca e com uma fome voraz.

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