Wednesday, November 23, 2011

Ficção

Vamos então narrar o que restou de uma noite de sonhos em que estive constantemente a acordar.

Sonhei que lia um livro. De início a obra era um pouco enfadonha mas, aos poucos, foi tendo relatos impressionantes de cenas de extrema violência e brutalidade.

A trama desenrolava-se em torno de um cidadão russo, no tempo da Guerra Fria, que foi para a américa Latina armado em espião e ali cometia crimes do mais hediondo que havia.

Como já me estava a assustar (coisa que nunca me acontece na realidade), passou-me pela ideia deixar de parte aquele livro. Que coisa impensável no mundo real! Quanto mais acção, crime, intriga e morte um livro tiver, é da maneira que o devoro mais rapidamente.

Tinha chegado a minha casa um casal da Figueira da Foz que iria desenvolver umas actividades na minha terra. Eles eram amigos da minha irmã e por isso ela lhes deu guarida lá em casa.

O elemento masculino do casal chamava-se Paulo Pinho e estava ainda a recuperar de uma gastroenterite que havia contraído. Eu e os desarranjos intestinais de desconhecidos. Mais um dado intrigante para os psicanalistas empenhados em estudar casos difíceis tentarem decifrar.

Estávamos todos em casa a ver televisão a seguir ao noticiário da uma. A seguir ao noticiário normalmente dão novelas. Se é assim na vida real, não será muito diferente nos sonhos.

Numa novela, um casal que se encontrava clandestinamente estava prestes a ser flagrado pelo marido da protagonista. O clima era de suspense. No momento em que se ia dar o indesejável encontro, o meu pai mudou a televisão de canal para ver uma insonsa novela brasileira em que nada de relevante se passava. Ficámos todos desolados.

Ainda pensava que ia ter tempo de dormir mais um pouco mas o despertador tocou. Eram horas de passar da ficção à realidade.

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