Thursday, June 23, 2011

O presente

Que estranho!

Sonhei que o meu pai tinha sido operado ao estômago ou ao fígado. Estava a convalescer e disse-me que um senhor da minha terra tinha algo para me oferecer. Insistia imenso para que eu aceitasse o que quer que fosse. De referir que na outra semana, quando eu fui a casa, esse senhor apareceu lá para ajudar o meu pai com uns leitões que era para serem assados e comidos no outro dia.

O meu pai estava a tornar-se teimoso e chato para que eu fosse ter com esse senhor para ele me dar algo que tinha para me dar. Como já não suportava ouvi-lo sempre com a mesma ladainha, desloquei-me até junto de uma das janelas da minha vizinha que dão para o meu quintal. De lá, supostamente do quarto onde o meu vizinho dormia quando era pequeno e de onde costumava atirar lápis, canetas e marcadores para nós apanharmos, o amigo do meu pai passou para as minhas mãos um conjunto de canetas, um…biquíni e um telemóvel dos antigos sem ser a cores e sem multimédia.

O telemóvel era da Vodafone e trazia um cartão em separado que se inseria na parte lateral do aparelho para se ter acesso à Internet.

Vesti o biquíni preto estampado com desenhos coloridos que tinha acabado de me ser oferecido. Dava a sensação de me estar um pouco curto e apertado.

Fui para a praia, ou melhor não saí da minha porta. A estrada estava transformada numa impressionante corrente de águas revoltas.

Fomos a banhos devidamente equipados e vestidos para o efeito. Eu envergava, como atrás referi, o biquíni que me foi oferecido pelo amigo do meu pai. Toda a gente lamentava o facto de a água estar fria. A minha irmã dizia ao meu vizinho que a água estava espectacular e mergulhou. Eu mergulhei de seguida na direcção da ponte. O biquíni afinal tinha-se ajustado ao corpo com a água.

Lamentava não ter trazido a bola para as “férias”. Mas aquilo não era à porta de casa? Podia ir lá dentro busca-la mas isto é um sonho.

A minha irmã ordenou que saíssemos da água porque ela estava a ficar bastante revolta. Eram os carros que continuavam a passar na estrada e levantavam enormes quantidades de água. Eu assistia ao espectáculo à porta da minha eira.

Acordei. Estas estranhas aventuras tinham terminado.

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