Wednesday, June 29, 2011

A intensa paixão da minha irmã

Como fui eu sonhar com isto? Isso é que eu não entendo. Foi um sonho completamente despropositado, engraçado e surpreendente. Viajemos então até ao mundo das intrigas amorosas, do romance, da paixão impossível, do amor platónico, do desgosto amoroso, das confidencias em voz baixa às melhores amigas, dos segredos, dos risinhos quase pueris, da alegria inexplicável, das coisas que se fazem sem lógica nem sentido…

Devo dizer que sonhei com muitas coisas mas a lembrança desta parte do sonho ofuscou tudo o resto que deveria também ser interessante. Bem, temos aqui um belo de um sonho, com potencial para ser o sonho mais disparatado do ano.

No meu sonho a minha irmã estava perdidamente apaixonada por um rapaz chamado Pedro que não se assemelhava a ninguém que eu conheço na realidade. Todos os dias, por volta das sete da tarde, lá ia ela até á capela da terra para assistir a um misto de festa e de culto religioso.

Ali estava também o rapaz por quem ela estava perdidamente apaixonada que no entanto parecia não reparar nela.

Notava-se que a minha irmã estava a ter cada vez mais cuidado com a aparência. Estava uma vaidosa de primeira. Nem imaginam o tempo que ela demorava só para se preparar para ir à capela. Andava mesmo irreconhecível, desleixada, completamente na Lua. Parecia uma adolescente a viver o seu primeiro amor.

Certa tarde, ela não teve qualquer tipo de pudor ao vestir uma ousada mini-saia, pintou os lábios com um provocante batom encarnado e foi até ao sítio do costume acompanhada por mim e por uma amiga dela.

Apesar do forte investimento em chamar a atenção do seu apaixonado, Pedro continuava a ignorá-la. Completamente destroçada, ela descia a ladeira a chorar copiosamente. Eu e a amiga dela íamos ouvindo os seus infindáveis lamentos. Já era noite escura e aparentava estarmos em Novembro ou Dezembro.

Enquanto caminhávamos, eu recordava a minha própria paixão intensa mas o meu caso em nada se assemelhava ao dela. Para começar, eu não estava com a pessoa amada todos os dias, tal como a minha irmã tinha oportunidade de estar. Por essa razão, não havia desprezo nem ressentimento.

Ao menos eu e o rapaz de quem gostava ainda éramos bons amigos. Foi assim até que a distância venceu e nos separou.

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