Tuesday, December 21, 2010

Sem conserto

Esta é uma desconcertante crónica de um dia muito agitado. Curiosamente até foi um dia em que eu gozei a minha merecida folga mas que de dia de descanso nada teve. Bem pelo contrário, só me chateei e nada descansei.

Sempre que chega o Inverno, já toda a gente sabe que o meu computador teima em não se manter ligado. É uma inquietação e muito fica por fazer porque nem sempre há paciência para aturar inúmeras tentativas para o ligar e finalmente trabalhar em paz e sossego.

Ontem à noite quando cheguei a casa constatei que a minha senhoria me tinha desligado o botão vermelho da extensão em que ele está ligado à electricidade. Já ia ser uma trabalheira para o ligar. Sem ele ter estado o dia inteiro ligado à electricidade, torna-se um pouco mais difícil ligá-lo.

O que eu temia aconteceu. E eu que tinha tanto que fazer! O computador nem sinal de vida dava. Então lembrei-me que o filho da minha senhoria tinha um secador de cabelo e fui pedir-lho emprestado sem saber se resultava.

Ele esteve uns momentos a ajudar-me a aquecer o computador e, passados cinco minutos, ele lá ligou. Então tomei a decisão de ir no dia seguinte à Worten comprar um secador de cabelo.

Pensei melhor e resolvi ir à Vobis perguntar se existia por acaso algum secador próprio para aquecer os computadores ou para lhes tirar a humidade. Um outro funcionário ouviu e disse que os computadores não gostavam de calor. Eu teimei que o meu gostava. Ele disse então para eu ir buscar o computador para ver o que se passava. Eu disse que não tinha tempo mas decidi-me a apanhar o primeiro autocarro que houvesse para o Palácio e numa corrida fui ao meu quarto apanhar o computador.

Apanhei rapidamente outro autocarro e corri para a Vobis. Refira-se que o funcionário nunca conseguiu ligar o meu computador e disse que talvez a placa ou alguns circuitos eléctricos tenham apanhado humidade. Tentar consertar o computador talvez ficasse mais dispendiosos do que comprar um novo. Ainda andei a ver computadores novos mas precisava de um com um monitor de catorze polegadas no mínimo. Não havia nenhum de momento que pudesse ser adquirido com o meu parco orçamento. Uma coisa me tranquilizou: não vou perder as coisas que tenho no disco quando o computador for definitivamente à vida.

O funcionário da Vobis perguntou o que é que eu queria fazer. Eu decidi-me por comprar um pequeno e barato secador de cabelo, dos mais rascas que houvesse à venda na Worten. Ele continuou com a ideia de que aquecer o computador só o ia estragar. Se ele o tivesse aquecido durante cerca de cinco minutos com um secador de cabelo, talvez o tivesse conseguido ligar e verificar que ele fica a funcionar na perfeição. Quando cheguei a casa foi o que fiz.

Agora há que trabalhar para comprar um computador novo porque a humidade pelos vistos deu cabo deste. Enquanto isso, cá me vou remediando com um secador de cabelo para que o computador trabalhe convenientemente.

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