Friday, December 31, 2010

“O Primeiro Mandamento” (impressões pessoais)



Depois de alguns dias de descanso da leitura, retomo os meus afazeres nesta área com uma obra de uma intensidade tremenda.

O escritor norte-americano Brad Thor (que eu desconhecia por completo) é o autor deste livro que vem na linha de muitos outros livros e filmeis que se fizeram logo após o 11 de Setembro sobre a temática do terrorismo.

De uma forma fantasiada, Brad Thor leva-nos numa viagem ao mundo da promiscuidade entre políticos e terroristas. A ideia que a maioria dos cidadãos do Mundo inteiro tem sobre a relação entre os americanos e os terroristas está aqui patente nesta obra escrita por um cidadão americano. Já me haviam contado que a maioria dos americanos era contra as políticas do seu Governo face ao terrorismo. Esta obra confirma-o.

Alterando o nome do presidente dos Estados Unidos e de muitas outras personagens importantes para a defesa nacional, o escritor denuncia a facilidade que o presidente (chame-se ele Bush ou Rutledge) tem a ceder a chantagens de terroristas, pondo em risco os cidadãos do próprio país que governa. De forma alguma deveria ser permitido sequer dialogar com os terroristas mas eles ameaçam e os americanos cedem, conferindo-lhes certa imunidade por genuína cobardia.

Esta é a história de um agente secreto da luta contra o terrorismo que vê serem atacadas por vingança todas as pessoas próximas. O responsável por esta onda de terror é um prisioneiro de Guantanamo que foi libertado cedendo a chantagem de ameaças terroristas. Com ele foram libertados outros quatro prisioneiros igualmente perigosos mas o objectivo era apenas despistar o agente que iria certamente investigar quem atacava os seus amigos e familiares.

Devido ao acordo alcançado com a organização terrorista, o presidente americano recusou ajudar o seu agente e fez de tudo para o afastar do caso porque não queria que tocassem no terrorista sob pena de as ameaças de sequestrar autocarros de crianças se concretizarem.

O agente por prosseguir com o caso estava a ser perseguido também pelos seus companheiros a mando do presidente que o acusava de traição. Entretanto o terrorista palestiniano continuava a atacar usando de forma inversa as dez pragas lançadas sobre o Egipto que se encontram no Livro do Êxodo na Bíblia.

Tendo morto dois dos terroristas libertados (sempre os homens errados) a situação do protagonista aos olhos do presidente americano era insustentável. Inicialmente ele pensou serem quatro os terroristas libertados mas quem atacava era um quinto terrorista que lhe foi propositadamente ocultado. Quando tomou conhecimento dele e da detenção dos outros dois terroristas que ainda estavam vivos, o agente para o terrorismo tinha ideia da perigosidade e perturbação do terrorista palestiniano.

O terrorista preparava-se para o último ataque que iria ser o mais sangrento perpetrado. Era também a última das dez pragas bíblicas: transformar as águas em sangue. Para esse efeito preparara uma arma mortífera para atacar um grande número de pessoas que se encontrava num iate. Apesar de perseguido pelos seus antigos companheiros a mando do presidente, o protagonista da história evita que o terrorista cometa aquele acto hediondo. Consegue abatê-lo antes dos seus intentos mortíferos e depois vira-se para o mentor do terrorista.

Com a ajuda de um outro terrorista que compra e vende informações secretas, chega ao paradeiro do mentor do palestiniano. Por detrás estava um israelita que usara a raiva sentida pelo palestiniano para se vingar pessoalmente do agente por situações passadas. Usando a sua influência, semeou o terror para que o governo americano cedesse a libertar o seu neto (o terrorista que protagonizou esta onda de horror) e quatro outros homens escolhidos ao acaso para causar ruído. O mentor do terrorista não chegaria a concretizar as ameaças, era só para chantagear e perpetrar a vingança com mais eficácia.

Usando um pequeno dispositivo, o amigo do agente fez explodir o apartamento do mentor e assim acabou a história. Abandonado pelo governo do seu país, o protagonista recusou a aceitar os louvores do presidente americano e decidiu partir para um local recatado juntamente com a namorada (primeira vítima do terrorista).

Foi uma obra bastante intensa, tal como eu gosto. Foi bastante positiva, esta leitura. Agora há que ler algo mais calmo como um livro carregado de espiritualidade. Estou a ler sobre premonições e já está a desenhar-se na minha mente a abordagem que vou fazer a esta obra que não tem obviamente uma história.

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