Friday, December 31, 2010

Em quinze minutos a que não assisti

O Porto venceu o CSKA de Sófia por 3-1 num jogo que apenas servia para cumprir calendário. O único aliciante da partida tinha a ver com a perspectiva de se marcar o golo trezentos no Estádio do Dragão desde que foi inaugurado. Refira-se ainda que, por distracção minha, não assisti aos primeiros minutos da segunda parte, curiosamente os mais emocionantes.

O Porto dominou a primeira parte de um jogo que esteve pouco intenso mas o primeiro remate perigoso foi protagonizado até pelo jogador Número Vinte e Quatro do CSKA.

A partida estava tão parada que eu me entretive a conjecturar sobre outros factos exteriores ao jogo mas que tinham a ver com ele. Um desses factos tinha a ver com o director desportivo da equipa búlgara. Emil Kostadinov regressou assim à cidade do Porto. Quem não se lembra dele? Eu pelo menos comecei a rebuscar na memória lembranças desse excelente avançado. Por estes dias estará a fazer anos sobre um jogo escaldante entre o Porto e o Boavista. Eram sempre jogos intensos. Num desses jogos, apitado pelo árbitro Jorge Coroado, foi arremessada uma garrafa de vinho daquelas verdes normais. Por pouco não acertou em Kostadinov. Provavelmente era um presente dos adeptos boavisteiros para ele.

Depois de recordar memórias antigas, a minha atenção foi desviada para o avançado actual dos dragões. Por que raio chamam “Bigorna” a Walter? Olhando para ele constatei que a alcunha talvez tenha a ver com as fortes parecenças físicas com o personagem da novela “Chamas Da Vida” que também atendia pela mesma alcunha e que era um bandido que estava preso a quem foi incumbida a missão de receber Lipe e Xavier quando estes foram finalmente colocados atrás das grades. Não sei se é essa a razão da alcunha de Walter mas parece-me a mim que sim.

Otamendi demonstra cada vez mais que é um central goleador. Num lance de alguma felicidade, o argentino apontou o primeiro golo do jogo aos vinte e dois minutos. Foi o golo trezentos da história do Estádio do Dragão.

Também reparei que, para além de serem ministrados treinos intensivos aos jogadores, também a preparação física da equipa médica do porto não é desprezada. A boa forma demonstrada por eles na corrida desenfreada para assistir Belluschi demonstra isso mesmo. Nada de grave aconteceu ao argentino, pois já estava a marcar um livre que o guarda-redes adversário defendeu.

O guarda-redes do CSKA e os ferros da baliza foram os responsáveis por ao intervalo o Porto só estar a vencer por 1-0.

Durante o intervalo, não estando para aturar anúncios, mudei a televisão para a RTP 1 onde estava a dar uma interessante reportagem sobre um tratamento pioneiro para corrigir anomalias cerebrais. Um dos casos concretos apresentado era o de um senhor com a sua qualidade de vida bastante degradada devido à Doença de Parkinson. O doente foi acompanhado pela equipa de reportagem antes, durante e depois do tratamento. A qualidade de vida deste homem foi devolvida quase na totalidade e a reportagem terminou com o Senhor Abel alegremente a tocar acordeão como antes fazia no rancho da aldeia. Quando me dei conta, já o jogo ia muito adiantado na segunda parte. Constatei que o marcador já estava em 2-1. Enquanto me distraía a ver a reportagem, a partida conhecera uma animação que não teve ao longo da primeira parte. É sempre assim.

Ruben Micael marcou então o segundo golo do Porto- ele sempre de pontaria afinada nas competições europeias. Já o golo do CSKA foi marcado pelo Jogador Número Sete que dá pelo nome de Delev. Pelo meio ainda houve tempo de Falcao desperdiçar uma grande penalidade. Foi, sem dúvida, um quarto de hora bem animado. E eu que não assisti a isto!

Bem, assisti ao terceiro golo do Porto já quase no final- um grande golo apontado pelo jovem colombiano James Rodriguez. Foi um belo final de jogo.

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