Tuesday, December 21, 2010

Nova e infalível táctica

Esperemos que a moda não pegue para bem do Futebol. Se este número for sistematicamente repetido sem que nada se faça, aqui em Portugal- um país com tendência para levar ao exagero todas as modas que surjam- não haverá um jogo de Futebol decente.

Em Braga, os jogadores do Arsenal trouxeram ao Mundo do Futebol uma nova forma de travar os ataques dos adversários. Não se trata de um novo mecanismo de marcação defensiva. Esta táctica é bem mais elaborada. Sempre que a equipa adversária estiver a atacar com grande perigo, um jogador do Arsenal cai com aparato no relvado e acompanha a queda com gritos lancinantes que tiram qualquer tipo de dúvida ao árbitro sobre a gravidade da lesão. Vendo que o jogador do Arsenal está quase moribundo dentro da sua área, o juiz da partida sopra com toda a força no apito e não se preocupa se o jogador adversário está na iminência de fazer um golo certo. Isso é muito bonito da parte do homem do apito, colocar a integridade física do jogador que está caído no relvado em grande sofrimento em primeiro lugar e as regras do jogo em segundo plano. Por umas duas vezes o árbitro interrompeu jogadas de extremo perigo do Sporting de Braga para mandar entrar a toda a brida a equipa médica do Arsenal para assistir jogadores que se rebolavam no chão em convulsões e que gritavam com todas as suas forças vocais.

Ah não aconteceu nada aos jogadores do Arsenal. Eboue, um dos que tentou esse número com êxito viria a lesionar-se mesmo já na segunda parte num lance que nada teve a ver com aquele. Quando Eboue se lesionou verdadeiramente o árbitro demorou algum tempo a interromper o jogo porque o jogador africano já tinha caído ou se atirado para o chão aí umas dez vezes antes desta.

Fitas à parte, o Braga venceu por 2-0 com dois brilhantes golos de Matheus. No segundo tento, o avançado brasileiro estava rodeado de três ou quatro jogadores adversários e conseguiu desembaraçar-se de todos eles. Refira-se que naquela altura, já perto do final do jogo, o árbitro já tinha desencorajado os jogadores do Arsenal a simularem lesões graves nas imediações da sua área. O sonho de permanecer na Liga dos Campeões continua intacto.

Bendtner jogou pelo Arsenal mas pouco se viu. O único lance de maior visibilidade do perigoso avançado dinamarquês foi quando chutou a bola na direcção da própria baliza.

Outro dos nossos velhos conhecidos que também jogou foi o guarda-redes polaco Fabianski que na época passada fez uma memorável exibição no Estádio do Dragão. Desta vez parece não ter tido culpa nos dois golos do Braga.

Termino com uma frase bem interessante debitada pelo ilustre comentador da RTP Luís Freitas Lobo. Disse ele e passo a citar:
- “Fabregas fica mais próximo da baliza se recuar no terreno.”
Genial!

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