Friday, December 31, 2010

Sei apenas que empataram a dois

Fora uma noite agitada, quanto mais não fosse por causa da forte chuvada que caiu de madrugada e que me acordou de repente. Agora que estou em casa, nada tem acontecido.

Foi pena eu ter deixado o caderno do outro lado. Este seria um belo sonho para apontar com todos os pormenores mas tal agora já não vai ser possível. Que saudades eu tinha destes sonhos completamente absurdos mas que nos levam a pensar um pouco. Dormir durante o dia tem as suas vantagens. Gosto mais, quanto mais não seja porque a probabilidade de ter pesadelos diminui drasticamente.

Como atrás referi, não vou descrever este sonho com grandes pormenores. Se fosse um pesadelo, a esta hora, ainda me estaria a lembrar dos pormenores mais sórdidos mas estes sonhos esquecem-se depressa.

O pano de fundo é um jogo entre a Académica e o Beira-Mar. Tinha saído do trabalho ainda de dia mas já não dava para assistir ao jogo. Foi quase no fim do encontro que cheguei ao Estádio Cidade de Coimbra que estava anormalmente cheio. Realmente só em sonhos é que aquele estádio se enche para assistir a um mísero jogo entre a Briosa e o Beira-Mar.

Na altura em que eu cheguei o jogo registava um empate a dois. A maioria das pessoas que assistiam nas bancadas envergava camisolas amarelas…e azuis. Desde quando é que o azul faz parte do equipamento de qualquer uma das equipas envolvidas? Com esta moda de agora os equipamentos alternativos serem da cor que apetece, não me admiraria nada se algum dia isso viesse a acontecer.

Procurava entre a multidão um lugar vago para me sentar a ver o resto da partida. Aquela ala era ocupada por gente de amarelo e azul. Eram jovens e…não pareciam portugueses. Até pensei que a Académica tinha aberto as portas aos estudantes Erasmus.

Continuava a perscrutar as bancadas à procura de um local sossegado para ficar. Foi então que uma jovem me levou pela mão para cima, para junto de uma onda de camisolas amarelas e azuis. Mal olhei para ela. Apenas posso dizer que era loira e falava Espanhol, segundo percebi. Seria espanhola mesmo ou usaria essa forma de comunicar por pensar que era a mais adequada para eu perceber? Nunca cheguei a saber. Apenas soube que o resultado final do jogo não se alterou.

No final a desconhecida jovem deu-me uma saca daquelas transparentes com algo dentro que de início pensei tratar-se daqueles ossos de entrecosto mas que afinal eram daqueles laços de açúcar que vendemos lá no nosso estabelecimento.

Trouxe-os para minha casa que ficava anormalmente perto do Estádio e do local de trabalho (se a realidade fosse como nos sonhos em certas coisas como esta estava eu bem) e dividi o conteúdo da saca com a minha irmã. Empanturrando-me desses doces no meu quarto, assistia ao anoitecer ainda a pensar no dia que acabava de ter.

Uma coisa me intrigava: queria encontrar a jovem mais uma vez. Se me perguntassem a razão, não saberia responder. São as tais coisas que os sonhos inventam só para nos chatear.

Era noite. A lareira da casa de forno estava acesa. A um canto, Paulo Adriano estava sentado também a falar das incidências do jogo. Não tenho a certeza mas no sonho ele ainda alinhava na Académica.

De referir que o amarelo e azul devem ter vindo daquilo que eu imaginei ser o equipamento da equipa adversária da minha no Hattrick. O empate a dois vem daí. O meu jogo no Hattrick da jornada passada terminou exactamente assim.

Recordo-me vagamente de haver uma referência qualquer á Islândia. Não sei em que parte do sonho se encaixa mas na realidade o jogador que colocou a cabeça em água aos meus defesas era islandês. É um dos melhores marcadores da série.

E foi com estes dados que o meu subconsciente tratou de fabricar esta bela embrulhada.

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