Wednesday, December 22, 2010

Rússia e Qatar- os grandes vencedores

Aguardava-se com grande expectativa a chegada do momento em que iriam ser revelados os nomes dos países que organizariam as próximas edições do Campeonato do Mundo de Futebol. A Rússia irá organizar o Mundial de 2018 e o Qatar terá a responsabilidade da organização do Mundial 2022.

Pela corrida à organização destes dois eventos estava a concorrer uma candidatura conjunta dos dois países da Península Ibérica mas os senhores que tinham a responsabilidade de escolher descartaram-na.

Terá a crise que alegadamente assola os dois países contribuído para o fracasso da candidatura? Provavelmente foi um factor determinante. Hoje em dia acredita-se mais numa qualquer agência de rating sedeada nos Estados Unidos do que se acredita em Deus. Estas agências das quais só muito recentemente ouvimos falar nos noticiários parece que têm como finalidade arrastar o nome e a honra de ancestrais pátrias como Portugal e Espanha pela lama. Estes senhores lembram a comunidade internacional a todo o instante que não se deve confiar nestas duas nações.

Os senhores da FIFA com a responsabilidade de votar pensam: “Portugal e Espanha? 2018?2022? Mas ainda existirão por essa altura enquanto países soberanos e independentes? Não serão já dois países de Terceiro Mundo? Se fosse para organizar um Mundial num país de Terceiro Mundo, continuaríamos em África. Como foi bonito o último Mundial em África! A festa, a cor, a alegria, o som ininterrupto das vuvuzelas...”

Posto estas reflexões, afastaram desde logo estas possibilidades. Da mesma maneira afastaram a candidatura de Londres. Escolheu-se a Rússia por ser um dos poucos países no Mundo que continua com uma economia crescente e onde a prática futebolística também está a crescer. Um país grande, o país do Faizulin, do Artem Dzuba e do Arshavin tem de organizar o Mundial.

Quanto à atribuição do Mundial 2022 ao Qatar a história foi diferente. Fascinados com a quantia oferecida para os subornar, os senhores da FIFA não tiveram dúvidas. Ainda a beliscarem-se de tão incrédulos que estavam na presença de tanto dinheiro pensaram: “IH TANTO DINHEIRO! É mesmo o país que precisávamos para realizar o tão almejado Mundial de proporções grandiosas. Com este dinheiro até um estádio todo em ouro se vai construir, com um milhão de lugares cobertos e balizas de marfim. Votemos todos no Qatar!”

Enquanto os países europeus contam os tostões, a Rússia cresce economicamente e o Qatar esbanja dinheiro. Para além de pensar nas monumentais obras que há-de erguer, neste momento agentes desportivos do Qatar já estão a aliciar atletas quenianos e etíopes para representarem este país nos Jogos Olímpicos de 2012. A um desses atletas foi oferecido um autocarro que serve para testar o petróleo especial que se produz por lá. Com isto o autocarro anda quase tanto como um Fórmula 1 e a qualidade do treino do atleta sai melhorada.

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