Wednesday, December 22, 2010

2010- Terceiro ano mais quente

Hoje é dia 3 de Dezembro de 2010 e está um frio que mal se suporta. As temperaturas desceram vertiginosamente, recomenda-se cautela a quem vai sair à rua como eu. Eu nem sei como encarar o frio que faz na rua. Preparo-me para o choque térmico.

Não é que dentro de casa esteja imenso calor. Na rua é que dizem que há gelo e neve. As temperaturas máximas prometem subir pouco e as mínimas estão poucos graus acima de zero.

Na rádio ouço uma notícia que, perante este cenário, não deixa de ter a sua piada. Segundo especialistas, 2010 foi considerado um dos três anos mais quentes dos últimos cento e sessenta anos. O quê?!!! Depois de chegarem à rua hoje, certos especialistas irão mudar radicalmente de ideias. Certamente o estudo não foi feito a contar com os últimos dias e muito menos esta manhã fria entrou nas contas.

Ouvindo a noticia depois com mais atenção, o estudo teve como base os dias do ano até ao final de Outubro. Cá me parecia! Não me recordo de qual foi o primeiro dos três anos mencionados mas tenho ideia que não foi no século XX. Sem surpresa o outro ano mencionado foi o de 2005. Concordo em pleno. Lembro-me de ter ido uns dias em Agosto para Mira para fugir ao calor e regressava por volta das sete da tarde ainda com um calor insuportável no autocarro e um cheiro intenso a incêndios que lavravam por todo o lado. Talvez tenha sido o ano em que mais vezes frequentei a praia, especialmente a de Mira.

Surpreendentemente não vi ali mencionado o tórrido ano de 2003 que também me lembro de ter sido um ano bem quentinho. Houve ali um dia ou dois em que as temperaturas máximas em Coimbra chegaram aos quarenta e dois graus. Foi o célebre ano em que o Governo, sempre preciso em matéria de números, afirmou que apenas tinham morrido quatro pessoas vítimas do calor enquanto que outros dados afirmavam terem perecido para cima de um milhar de pessoas.

Este ano houve de facto uns dias bem quentinhos mas em contrapartida hoje temos um dia em que eu só não fico em casa debaixo dos cobertores porque não posso. Neste momento estou a fazer um grande esforço mental para me preparar para transpor a porta do prédio.

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