Sugiro que a partir de hoje, aos remates de longe, de preferência aqueles desferidos a uma distância bem considerável da baliza, se passem a chamar kiwis e não ameixas.
Nem sei quem começou a chamar ameixas a estes remates de longe que, se acaso entram na baliza, dão golos memoráveis. Já que a cada Mundial se mudam tendências, fica a contribuição dos abnegados jogadores da Nova Zelândia que, vendo que não conseguem ombrear com outras selecções (hoje jogaram com a Itália e empataram) usam a táctica dos remates de longe para tentarem surpreender.
Esperem...já sei por que é que os jogadores do país dos All Blacks rematam assim. Porque assim se chuta no Desporto nacional lá do sítio- o râguebi que os consegue colocar entre os melhores. Lá nas escolas, os alunos que gostam de Futebol devem-se queixar de muito se jogar Râguebi nas aulas, tal como os alunos daqui se queixam que só se joga Futebol. Os poucos que lá gostam de Futebol e por acaso até chegam à selecção nacional (a base de recrutamento deve ser escassa) irão agora agradecer o facto de terem intimidado os adversários, as grandes pátrias do Futebol, com esses remates de longe que os guarda-redes defendem a muito custo.
Eu que já me preparava para relatar aqui altas goleadas sofridas pela Nova Zelândia, fico surpreendida com o Mundial que estão a fazer. Ambos os jogos se saldaram num empate a uma bola. Este frente à Itália foi deveras surpreendente. A Itália está realmente mal.
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