Friday, July 30, 2010

É duro ser-se famoso

Elvis Presley já morreu há trinta e três anos, salvo erro, e hoje ainda é uma lenda viva com fanáticos a perderem a cabeça e a darem todo o dinheiro e mais algum por objectos que lhe pertenciam.

A loucura agora chegou ao extremo de se vir leiloar brevemente um kit (esta palavra está muito na moda) com objectos usados na sua autópsia. Esta gente está doida mesmo!

Quando ouvi a notícia esta manhã na rádio pensei: mas esta gente está mesmo perdida de todo! Quem é a alminha que vai comprar estas coisas, degladiar-se num leilão bastante concorrido para as poder ter? Um louco? Não, apenas um dos muitos fanáticos do cantor norte-americano.

Eu até desconhecia que Elvis tenha sido autopsiado, talvez por sempre ter ouvido dizer que havia dúvidas quanto à sua morte. Defendia-se que Elvis a forjou. Para fugir ao fanatismo tresloucado da multidão que não o largava?

Era ainda um bebe quando Elvis Presley morreu. Obviamente não cheguei a conhecer o impacto que tinha sobre os seus admiradores em todo o Mundo. Pelo que me contam e pelo que eu depreendo, a sua fama era imensa e talvez na época não houvesse outra personalidade com mais impacto na sociedade. Comparando com alguém dos dias de hoje, talvez Michael Jackson que faleceu há um ano atrás se aproximasse. Como digo, não consigo medir a influência e a fama de Elvis Presley.

Tantos anos passados sobre a sua morte (confirma-se que ele morreu, até a etiqueta que identificava o seu cadáver vai a leilão), a loucura em redor do “Rei” ainda ganha dimensões ridículas. Há uns anos ouvi dizer isso, já é normal que um copo com um resto de água por onde Elvis bebeu no final de um concerto foi vendido por um balúrdio. Tanta gente a passar fome e a água de Elvis a valer o seu peso em ouro!

Leiloaram-se guitarras (isso já é mais normal), as suas roupas (desde que não fossem cuecas sujas, também não havia nada a dizer) e alguns objectos pessoais. Leiloar o material usado no tratamento dos restos mortais de Elvis é que não cabe na cabeça de ninguém. Só na de quem teve a ideia de os guardar e fazer bom dinheiro com eles. Enfim, é mesmo dura a fama!

Agora eu pergunto: e se o cadáver não era realmente de Elvis Presley? E se ele realmente forjou a sua morte para se livrar da perseguição de fanáticos e vive agora como um normal cidadão numa ilha deserta, como defendem alguns? Isso é que ia ser uma barraca! Eu adorava ver Elvis (a menos que ele esteja também a ganhar à custa dos leilões) a marcar presença naquele evento. Estaria velho, pouca gente o reconheceria mas…vinha dizer que aquilo era o último grito da loucura e que para tudo havia limites.

Se realmente Elvis morreu, há que deixar a alma do pobre homem descansar em paz. Contentem-se em ouvir a vasta obra musical que ele nos deixou e esqueça-se todo este circo.

Estou eu para aqui a escrever e só agora me ocorreu a pergunta que se impõe: de que morreu realmente Elvis Presley? Não sei se alguma vez soube essa informação. Sei que ele morreu em Agosto de 1977. O dia não sei precisar.

Para acabarmos com esta crónica bem mórbida, recordemos Elvis Presley com a minha música favorita dele- “Always On My Mind”. De referir que eu imitei Elvis a cantar este tema na Festa de Natal da ACAPO em 2008. Este é o vídeo original. É mesmo o Elvis. Não sou eu.

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