Friday, July 30, 2010

A carninha estava estragada

Acho que já sei a causa de alguns pesadelos mais ou menos perturbadores que venho tendo. Há tempos referi aqui que alguns tipos de pesadelos começaram a surgir depois de eu ter começado a trabalhar.

Sempre cresci a ouvir dizer que sonhar com carne era sinal de morte ou de mau agoiro. Que fulano sonhou com carne antes de morrer, que sicrano teve um acidente dias depois de ter sonhado com carne…

E quem lida com ela todos os dias? Quem trabalha em talhos ou coisa assim? Essa era a minha questão e agora estou a sentir na pele o que é isso. Se a causa dos sonhos é um tratamento que o nosso subconsciente dá à informação acumulada pelo nosso cérebro durante a vigília, estando eu em contacto com a carne que os meus colegas do talho transportam todos os dias, é natural que agora sonhe mais com carne do que antigamente.

Depois desta pequena introdução, vamos ao que interessa! Ontem vinha uma colega minha com sobras de carne que esteve a arranjar para o lixo. Eu comecei a cantar esta música.



O meu subconsciente tratou a informação da seguinte forma: vinha uma enorme caravana de veículos e pessoas a pé a passar por minha casa. Como em todo o pesadelo que se preze, atrás vinham as inevitáveis ambulâncias. Muitas, de preferência.

A carne entra já numa outra fase em que estamos nos corredores onde costumamos trabalhar- os ateliers e as câmaras. Melhor, era uma representação onírica desse local. Uma mulher de nome Anabela dava a um bebé recém-nascido carne que tirava do carro da minha colega. Para meu espanto, ele comia que se fartava até que…começou a rebolar no chão com dores de barriga.

A última informação que obtive quando acordei foi que a carne estava estragada ou envenenada. Já eram horas de acordar e não houve a oportunidade de adormecer para confirmar.

Fica mais uma ideia para um argumento de um livro de terror. Estes pesadelos sempre servem para alguma coisa.

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