Já se estava bem a ver que iríamos ser eliminados pelos nossos vizinhos espanhóis. Apesar do desaire no jogo inaugural frente à Suiça, a Espanha é uma equipa bem poderosa e qualquer erro ou deslize pode ser fatal para os seus adversários.
Perdemos bem o jogo. Queirós merece esta derrota por ser um verdadeiro principiante em termos de táctica. O tempo de Queirós como treinador de topo acabou há muito. Até o seleccionador nacional da Coreia do Norte agiria como deveria ser neste jogo.
Hugo Almeida, nem que estivesse de rastos, coxo das duas pernas, com desarranjo intestinal do pior e com quarenta graus de febre tinha sempre de permanecer em campo para empurrar os defesas e médios adversários para trás e os impedir de subir. Tirando o ponta de lança, Queirós deu praticamente de mão beijada a vitória a Espanha.
Vicente Del Bosque aproveitou a deixa do seu opositor e fez o mesmo poucos minutos depois- colocou Fernando Llorente (de onde veio esse jogador, que eu nunca o vi?) em campo a executar o mesmo papel que Hugo Almeida executou. Foi num desses lances em que Fernando Llorente arrastou consigo vários jogadores portugueses e rematou para a defesa de Eduardo que David Villa vindo de trás fez um golo fácil que ditou o passaporte de volta a casa para Cristiano Ronaldo, Queirós e os outros que não mereciam.
Senhor Queirós, francamente! Se a ideia da titularidade de Hugo Almeida foi sua e estava a dar resultado, para que foi aquela substituição? E depois são os árbitros. Que nabice!
No final do jogo foi triste ver Eduardo a chorar. Se houve alguém que não merecia perder este jogo, esse alguém foi Eduardo. O nosso guarda-redes fadista fez os possíveis e impossíveis para nos apurarmos para a fase seguinte.
Fábio Coentrão foi outro dos grandes jogadores da Selecção Nacional. Descoberto como lateral esquerdo por Jorge Jesus, o jovem louro de Vila do Conde foi o melhor jogador de Portugal. Novos voos esperarão o jogador do Benfica.
Cristiano Ronaldo esteve péssimo. Parece que ele se desentendeu com Queirós. O disparate do seleccionador foi tal que o capitão de equipa tinha de fazer alguma coisa. Até aqui tudo bem, não fosse o facto de também o Jogador Número Sete de Portugal não ter feito grande coisa num Mundial em que prometeu explodir.
Para a história fica a monumental goleada à Coreia do Norte e algumas questões ainda com pontas soltas- Deco e Nani.
Em 2014 ganharemos, até porque dificilmente Queirós se irá sentar no banco a comandar as hostes.
As vuvuzelas, emitindo sons semelhantes ao choro da derrota, serão agora guardadas num saco e arrumadas para um local mais escondido do sótão das arrumações.
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