Muito se falou e comentou a atitude de Cristiano Ronaldo no jogo entre Portugal e Espanha. Tudo porque imagens captadas por uma câmara que seguia o jogador madeirense por todo o lado correram o Mundo. Nelas via-se o capitão de Portugal com atitudes deploráveis.
Além de não estar calado, o Jogador Número Sete de Portugal, o tal que prometeu explodir e que comparou os golos ao ketchup, escarrou para cima de um operador de câmara para se despedir em beleza desta primeira competição mundial de Futebol realizada no continente africano.
Na altura de se dissecar a derrota, Cristiano Ronaldo remeteu para o seleccionador nacional a explicação que todos os Portugueses queriam ouvir acerca da substituição de Hugo Almeida. Mais polémica a estalar sobre a cabeça bem cuidada do melhor jogador do Mundo.
No dia seguinte era questionada a liderança de Cristiano Ronaldo na Selecção de Todos Nós. CR9 terá assumido cedo de mais a braçadeira de capitão?
Na minha opinião, nunca Cristiano Ronaldo assumiria tais funções. Para mim o capitão ideal de Portugal seria Simão Sabrosa. Antes de Cristiano Ronaldo se ter tornado o prodígio que é, o capitão da Selecção era quase sempre o jogador com mais jogos. Simão é de todos o mais experiente. Outro ponto que joga a favor do antigo jogador do Benfica é o facto de o seu comportamento em campo e fora dele ser exemplar. Puxo pela memória e não encontro um só momento em que Simão se envolveu em polémica. Já o mesmo não se pode dizer de Cristiano Ronaldo que por vezes se comporta como um menino mimado e tem o coração muito perto da boca.
Lembro-me do primeiro jogo das Olimpíadas de 2004 em que um pobre jogador do Iraque sofreu a bom sofrer com o comportamento do nosso “puto-maravilha”.
Num jogo particular entre Portugal e o Luxemburgo, salvo erro antes do Mundial 2006, um jogador luxemburguês foi mesmo obrigado a sair de campo em muito mau estado depois de uma cotovelada ou um murro de Cristiano Ronaldo.
Toda a gente fala que o rendimento de CR9 na Selecção Nacional está a milhas do que faz no seu clube. Se recuarmos um pouquinho no tempo, constatamos que o nosso craque se furta aos jogos particulares e o seu rendimento desce quando o jogo é “a feijões”. Nota-se até que ele é mais quezilento até com os colegas. Aquela alegada gripe antes de um jogo particular ainda mói muita gente por dentro.
Não sei quem teve a ideia de dar para o braço de Ronaldo a braçadeira de capitão quando este era ainda muito jovem. Terá sido um erro? Eu penso que sim. Ser capitão de equipa nada tem a ver com o talento individual do jogador, tem sim a ver com a responsabilidade e a maturidade de liderar um grupo. Se eu fosse seleccionador nacional, muito dificilmente colocaria o jogador madeirense como capitão de equipa.
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