Friday, July 30, 2010

“Cidade Despida”

Foi pena eu ver apenas os cinco ou seis últimos episódios desta série policial à portuguesa. Tratando-se de uma série policial, claro que me interessaria não perder um único episódio mas, por uma razão ou por outra, não deu para acompanhar.

Catarina Furtado aparece aqui em grande destaque como personagem principal. Ela é a agente Ana Belmonte que todas as semanas tem um crime para investigar com a sua equipa. Confesso que não nutro grande admiração por Catarina Furtado e sei que há outras pessoas que eu conheço que também têm igual sensação inexplicável.

Nesta série há que dar os parabéns à conhecida apresentadora. É complicado fazer de agente policial mas ela esteve simplesmente genial. Acho que está melhor como actriz do que a apresentar esses programas pirosos com gente famosa em vez de concorrentes comuns.

A agente Ana Belmonte vivia intensamente a sua profissão e mal tinha tempo para o seu companheiro André que só a espaços via. O último episódio viria a reservar uma grande surpresa. Quem disse que em Portugal não há bons escritores de ficção policial? Esta ideia foi muito bem conseguida.

No último episódio o alvo a abater era presumivelmente a agente Ana Belmonte. Ao longo de todos os episódios via-se que a agente era perseguida e fotografada. Depois iam-lhe enviando as fotos até que chegou a hora dela ser convidada a assistir a uma exposição onde eram mostradas fotos com modelos fotográficos mortos. Noutra galeria havia uma foto em tamanho grande construída por meio dessas fotos pequenas que a agente foi recebendo. Ela ficou alarmada. Se as duas mulheres das outras fotos estavam mortas, ela seria a próxima vítima do criminoso.

Ainda na galeria, André- que devia estar num concerto- apareceu e surpreendeu a companheira. Poderia ser apenas coincidência.

Ana Belmonte desconfiava de todos os seu colegas. De entre os outros membros da equipa, eu desconfiava que o criminoso fosse Vargas através do seu comportamento. Ele apenas estava a investigar por contra própria e o seu objectivo era proteger a colega, o que veio a fazer.

A agente passou a ter medo de andar na rua (não deixa de ser irónico, sabendo-se qual o desfecho desta história). Então com o criminoso em casa sentia-se segura? Foi uma ideia genial, essa de André ser um assassino sem que a sua companheira desconfiasse de tal. Ela que investigava os casos de crime mais complicados.

Enquanto a investigação prosseguia sem a agente que tinha ido para casa, esta encontrou um bilhete para ir a certo local salvar o seu namorado das garras do criminoso. Entretanto Vargas acabava de descobrir que era André o assassino. Só depois disso é que descartei a possibilidade de o colega de Ana Belmonte ser o culpado.

Quem seria o mascarado que Catarina Furtado perseguia impiedosamente, mesmo depois de ele a ter apanhado e fotografado? Restava o próprio André. Quando viu surgir o rosto familiar do seu companheiro por detrás da máscara, a agente Ana Belmonte ficou desconsolada.

O episódio chegava ao fim com a última cena a passar-se no quarto onde dormiam. Desta vez, em vez de dormir nos braços de André que sempre a conforta, Ana Belmonte dorme numa imensa cama vazia.

Espero que façam uma segunda temporada desta série. Cá estarei eu para a ver desde o início.

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