Sunday, September 17, 2006

O "portero" que veio a Coimbra dar festival de canto gregoriano

Eu e os sonhos com situações do arco-da-velha em provas desportivas! Depois da prova de Ciclismo em que entrava gente das mais variadas procedências (ver texto “Sonho e realidade”) e de um jogo de futebol em que um jogador foi expulso durante a entoação do Hino Nacional do seu País por se ter rido (ver texto “Final de tarde inesquecível” ), agora surge outro sonho digno de registo. Está é um pouco confuso mas...

O sonho passava-se, inicialmente no Estádio Cidade de Coimbra onde a Selecção Nacional realizava um jogo particular com uma selecção da América Latina. Não cheguei a saber qual era a equipa. Sei que essa selecção tinha um guarda-redes que se chamava Gonzalez. Do primeiro nome não me lembro.

Esse guarda-redes era até baixo para o posto que ocupava. Alguns colegas eram maiores que ele, mas não foi a altura que fez com que ele fosse o centro das atenções. Foi algo pior. Ele nem devia ter posto os pés no relvado!

A cena passou-se ainda no período de aquecimento (ou nos minutos iniciais do jogo). Não sei bem. O artista deve ter ido para o jogo de barriga cheia- o que não é recomendável e até chega a ser perigoso- e sofreu as consequências. Aliás, aquele indivíduo tinha ar de quem comia bem.

Estava o guardião da equipa adversária de Portugal normalmente na sua área de rigor quando foi chamado a efectuar aquilo a que os entendidos da bola chamam “uma defesa de recurso”. Até se saiu bem. Só que o esforço deu lugar a uma valente indigestão que o fez sentir-se mal ali mesmo.

O público começou a insultá-lo e a brindá-lo com alguns nomes menos abonatórios para a sua reputação que passou a não ser a mesma a partir daquela altura. O “portero” teve de abandonar as quatro linhas. Mas parece que o jogo não prosseguiu porque a equipa só tinha aqueles onze jogadores. Só mesmo em sonho!

Resta dizer que eu estava a assistir a esse jogo junto a uma porta que dá acesso à pista. Por ali sobe-se para as bancadas. Já estava a anoitecer. Estava ali como voluntária e tinha uns papéis tipo senhas na mão. O objectivo era entregá-las às personalidades VIP. Entre esses ilustres convidados estava o conceituado atleta Carlos Lopes. Os outros eram desconhecidos e eu andava atrapalhada porque não sabia quem eles eram.

Os intervenientes no jogo passaram pela zona onde eu estava e deu para reparar que aquele guarda-redes (que entretanto já tinha recuperado) era mais pequeno que os colegas de equipa. Ele saiu debaixo de uma monumental assobiadela e sob um intenso coro de protestos. Houve engraçadinhos que não resistiram à tentação de lhe irem pedir um autógrafo. Talvez para mais tarde recordarem aquilo que era para ter sido mais um jogo de preparação de Portugal e acabou por ser uma outra coisa por culpa daquele atleta.

No dia seguinte toda a Comunicação Social falou daquele assunto tão insólito e a passagem daquele guarda-redes – que até nem era mau - saiu baixada ao ridículo com imagens e textos cómicos daquilo que aconteceu no relvado.

Fui para as aulas e toda a gente me falava daquele jogo e me mostrava o que havia saído nos jornais. Depois a conversa tomou um outro rumo. Bem estranho por sinal! Uma colega foi para a sala de aula com uma conversa bem perversa. Olhei para outra minha colega e reparei que ela tinha pintado o cabelo de uma cor esquisita.

Foi nesse clima confuso que acordei nessa manhã. Era fim-de-semana e deixei-me ficar a descansar. Só de pensar que tinha de passar apontamentos...E depois esquecia-me deles! (ver texto “Morrendo de tédio e de calor”)

Era o dia da apresentação do Glorioso. Como adversário tinha o Bordeaux de França. Um a um os jogadores iam sendo chamados. Simão não foi apresentado. Que significava esse facto? Que ele ia sair desta vez?

Depois de cumpridas as formalidades, o jogo começou com o Benfica a deixar a promessa de brilhar. O Glorioso jogou bem e venceu a turma gaulesa por 3.0. miccoli, Mantorras e Marcel foram os autores dos golos benfiquistas.

Nesse jogo, Paulo Jorge arranjou um amigo. Pegou-se com um jogador do Bordeaux e foram ambos para a rua no mesmo instante. Provavelmente, o jogador que veio do Boavista não poderá alinhar na primeira jornada por causa desse cartão.

Bacorada do dia:
“O cão vai comer arrosso...” (fiquei sem saber se o cão é ou não bem alimentado.)

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