Sunday, September 17, 2006

Coimbra Summer Fashion

Com a chegada do tempo quente as pessoas vasculham os seus armários de roupa à procura de algo para vestir. Antes de enfrentarem o corrupio de mais um dia igual aos outros, já as pessoas têm a cabeça mais moída que o sal só de pensarem no que hão de vestir naquele dia.

A escolha é difícil. Por vezes torna-se até dramática. Gera-se um conflito interno na mente do indivíduo que fica indeciso entre umas foleiras calças roxas com bolas amarelas ou uns circenses calções encarnados de balão. E que dizer daquele vestido caído em desuso que uma senhora conimbricense resolveu levar para o trabalho ou para as compras no Dolce Vita? Ao menos aproveitasse para comprar uma roupa nova mais decente!

Passa por mim na rua cada criatura com cada traje...Eu até viro a cara para o lado para me rir à vontade. De onde é que o pessoal tira aqueles modelitos? Devem pensar que a rua é uma passerelle e que os outros invejam as suas ridículas fatiotas a ponto de não resistirem em lhas arrancar do corpo.

Vestidos de cores berrantes e modelos insólitos, blusas que deixam parte do tronco a descoberto, calções onde cabem dez pessoas lá dentro (ver texto “Rescaldo da inundação”) e calças com bolas, riscas ou outros desenhos podem ser observadas por toda a parte. O guarda-roupa bastante original dos conimbricenses parece não ter limites.

Eu nem sou assim muito de reparar no que os outros vestem. Se uma pessoa andasse nua eu nada tinha a ver com isso. Simplesmente achei piada a alguns trajes que algumas pessoas tiveram a infelicidade de escolher para saírem de casa.

Já que falamos em trajes insólitos, eu passo a contar uma cena que se passou quando era criança. Se acaso eu tivesse concorrido ao concurso “A Herança”, poder-se ia assistir ao seguinte diálogo entre a minha pessoa e José Carlos Malato aquando da minha apresentação:
Malato – “Considera-se uma pessoa vaidosa?”
Eu – “Nem por isso. Até sou uma pessoa que não liga muito a modas.”
Malato – “É que passar um dia inteiro a escolher a roupa para levar a uma festa não é normal...Segundo a história que tenho aqui...”
Eu (a ponto de me desmanchar a rir) – “Pois...”
Malato (também a ponto de rir à gargalhada) – “Então conte lá como é que foi a história do “vestido de noite”.”
Eu (fazendo um enorme esforço para me manter séria) – “Bom...Tudo se passou no dia da festa da minha aldeia...Tinha os meus 4 ou 5 anos...Lembro-me que o arraial era numa casa que fica em frente à minha e que agora está em ruínas. Na tarde que antecedeu o arraial resolvi vasculhar o armário da roupa do quarto onde eu durmo actualmente e que, na altura, era um quarto de hóspedes. Tirei a roupa quase toda de lá de dentro e experimentei um sem número de peças. Por fim, tomei a decisão de levar uma camisola interior de alças do meu pai para o arraial. Quando avistei as luzinhas coloridas e ouvi os primeiros acordes musicais, atravessei a rua e fui para a festa com a camisola interior que servia de vestido comprido e um casaco meu porque a noite estava fresca. Apesar da tenra idade, já era uma criança precavida com o frio!”
Malato – “E depois o que aconteceu? Calculo que teve um grande sucesso!”
Eu – “Alguém veio avisar a minha mãe para me vir buscar. Depois não me lembro de mais nada.”

Conhecido este episódio, facilmente se chega à conclusão de que não tenho moral nenhuma para criticar a indumentária dos outros. Só que eu agora não faria as mesmas figuras tristes. Nem que me pagassem uma astronómica quantia que desse para viver o resto da minha vida sem me preocupar a contar o dinheiro.

Falei no calor. Naquele dia, por acaso, não estava sol. Parecia um dia de Outono. Não estava frio mas soprava algum vento.

Se eu estava a contar em fazer algo com a Internet, tive de mudar de planos. Por causa de uns voluntários que aqui estão a passar livros e outros documentos, a Internet foi desligada para eles não se distraírem.

O dia foi tão fértil em bacoradas que me é difícil escolher uma. A decisão que tomei foi publicá-las todas e depois repetir uma delas mais abaixo na secção apropriada para o efeito. Às vezes não há bacoradas. Naquele dia o pessoal andava terrível. Deve ser a falta de férias que já anda a fazer estragos. Ninguém escapa. Ninguém mesmo. Nem eu. Sem referir nomes, como é hábito, aqui vão as bacoradas proferidas por todos nós no dia 18 de Julho de 2006:
“Adaptação do Homem ao trabalho e nunca ao Ser Humano”
“Veio uma rabanada de vento...”
“Depois dos apontamentos já não se escreve mais nada”
“É oral? Não é preciso escrever. Pois não?”
“4x4=12”
“3 elevado a 2=-9”

Tinha combinado uma consulta com o psicólogo, mas algo de aborrecido aconteceu e a consulta teve de ser adiada. Dentro daquela pequena sala organizou-se uma reunião improvisada. Vinha aí chatice! Que é que eu fiz desta vez? Que é que se estava a passar? A razão de todo aquele aparato tinha a ver com a reunião que tivemos com o Presidente da Delegação Regional do Centro no passado dia 13. Afinal passou-se alguma coisa naquele dia. (ver texto “Deus queira que aconteça alguma coisa”) Eu é que me esqueci de fazer referência a essa reunião. É o que faz isto andar desactualizadíssimo!

Alguém veio para a rua contar o que se passou e isso foi chato. Uma coisa é certa: eu não fui.

Com tanta gente naquela sala, o ar tornou-se irrespirável. Houve gente que teve de sair antes que se sentisse mal. É impossível e desumano estar ali o dia inteiro!

O treino decorreu novamente no Estádio. Rolei mais tempo, mas sempre a velocidade moderada.

Depois de ver “A Herança” e de ouvir a “Bola Branca”, onde se falou da hipotética naturalização de Liedson, fui dormir. Mal sabia eu que a noite iria ser agitada!

Situação do dia:
Como atrás referi, toda a gente andava disparatada naquele dia. Eu não fugi à regra. Então não é que ia para comer a sopa com...o garfo!

Bacorada do dia:
“É oral? Não é preciso escrever. Pois não?” (mas que pergunta!)

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