De volta à rotina monótona de cada dia, aquela semana que agora se iniciava prometia arrastar-se. Em princípio, nada de diferente haveria para fazer. A não ser que aparecesse alguma coisa inesperada.
Pela minha parte, iria ser uma semana marcada pelos preparativos de uma viagem a Madrid e por uma sempre aborrecida consulta de Oftalmologia. É que eu morro de medo de ir à consulta e receber más notícias. Com o evoluir da doença, arrisco-me a isso. Sair de lá com a notícia de que tudo se encontra na mesma é óptimo. Melhorar é impossível!
Mais uma segunda-feira sempre aborrecida. E começou bem. Com uma aula toda passada a escrever de modo a agarrar um calo num dedo. Era para aquecer ou para aborrecer ainda mais?
O jogo entre Portugal e a Holanda ainda mexia. O pessoal chateava-me porque dizia que os holandeses não se tinham portado bem. E que culpa tive eu? Para mim foram os holandeses e os portugueses e mais nada. Se fosse com outra equipa dizia a mesma coisa. Não foi por serem os holandeses, os argentinos ou os brasileiros. Foi o jogo que tivemos.
Depois de acabado o expediente por aquele dia fui à Rodoviária ver se lá vendiam bilhetes para Madrid. No dia seguinte, e depois de combinar bem as coisas com a minha colega, compraria o bilhete.
Deixei tudo combinado para, no dia seguinte à mesma hora, adquirir os bilhetes e ainda fui fazer um curto treino de bicicleta.
E assim acabou o primeiro dia de monotonia desta semana com a habitual rotina das noites passadas em casa antes de me deitar.
Situação do dia:
Toupeira dum raio! Depois do treino e quando já estava para sair, fui verificar se tinha deixado a luz acesa. Eu faço sempre isso. Às vezes chego a voltar para trás a ver se tudo ficou em ordem. No balneário estava uma cadeira atrás da porta que abre para dentro. A luz estava apagada e eu mandei um pontapé na cadeira por me ter esquecido que ela ali estava. Foi tamanho o barulho que até dei um salto.
Bacorada do dia:
“Houve um poço que caiu...” (a propósito, como será a queda de um poço?)
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