Sunday, September 17, 2006

Morrendo de tédio e de calor

Mas para que é que as segundas-feiras existem? Para encherem uma pessoa de tédio. Tomara cá as férias! E está tanto calor! Quando for altura de ir para a praia deve estar frio e a chover. Já estou habituada a ser brindada com esse tipo de sorte. São seis da manhã e o calor já é tanto!

Aquela segunda-feira foi marcada por reuniões e mais reuniões. Imaginem a cena: nós naquele dia escaldante, naquele forno de sala morrendo de tédio. É que aquilo não se recomenda a ninguém. Aquele espaço provoca desidratação, claustrofobia, tédio, depressão, desmotivação, irritabilidade, bichos-carpinteiros e sei lá que mais. É um perigo para a Saúde Pública. Aplicando os conteúdos das aulas que temos tido ultimamente naquele mesmo lugar, aquela sala “não é nada ergonómica”.

A aula de Braille realizou-se, apesar de ter sido interrompida por uma reunião intercalar. É que as grandes decisões para o nosso futuro estão aí e tudo tem de ser bem discutido para nada falhar. O que falha depois é o mercado de trabalho lá fora que não quer saber de nós. Dizia eu que, enquanto a formadora foi chamada para a reunião, ela deu-me um velho livro escolar com um texto para ler. O texto escolhido foi “A Fita Vermelha” de Matilde Rosa Araújo. Lembrei-me que já lera aquele conto há cerca de 16 anos. Como o tempo passa! Se bem me recordo, a escritora relata que teve uma aluna que adoeceu e estava internada no hospital. Ela tinha prometido ir visitá-la naquele domingo, mas faltou à promessa e a aluna faleceu no dia seguinte.

O dia ficou ainda marcado pelo meu regresso aos treinos na pista do Estádio Cidade de Coimbra. Há muito que a época desportiva acabou para mim. Agora há que rolar apenas para manter a forma física. Debaixo de um Sol escaldante rolei cerca de 40 minutos num ritmo não muito elevado.

Em casa estava igualmente uma temperatura insuportável. Se uma pessoa quisesse ter uma noite de sono sem sobressaltos tinha de dormir por cima da roupa da cama ou destapada e com a janela aberta.

Situação do dia:
Francamente! Eu não sei como me classificar. Tive tanto trabalho a actualizar os apontamentos e não os passei para o dispositivo portátil? Foi um domingo perdido a passar apontamentos para isto. E agora? O que é que eu merecia? Que esperasse por mim mesma numa esquina e que me desse uma tareia valente.

Bacorada do dia:
“O primeiro é 1.” (a Matemática, apesar de maltratada, ainda é uma ciência exacta.)

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