Friday, October 22, 2010

“Sangue Na Piscina” (impressões pessoais)



Este livro prometia muito mas, na verdade, foi o menos interessante de todos os que li de Agatha Christie. Talvez por o anterior ter sido excepcionalmente interessante, achei este um pouco aquém.

Desde logo ressalve-se o facto de o crime apenas se ter dado no décimo capítulo. Até lá esteve-se a enquadrar as personagens e afins. Isso foi uma eternidade.

Quanto ao crime, a escritora soube-nos dar a volta, à semelhança do que aconteceu na obra “O Misteriosos Caso De Styles”. Inicialmente Gerda, a viúva da vítima, era a culpada mais do que evidente mas com o decorrer do tempo fui mudando de opinião acerca de quem matou John.

Uma das minhas grandes suspeitas foi Lucy para que Edward se casasse com Henrietta. A própria Henrietta também poderia ser suspeita por ciúme de John e Verónica. A actriz Verónica seria também suspeita por despeito. John recusou-se a retomar a antiga relação que ambos tiveram.

Edward tornou-se a certa altura o principal suspeito. Ele, tal como Henrietta, sabia também desenhar a árvore e foi por aí que peguei. Os seus motivos para cometer o crime? Inveja por ele ser o dono do coração de Henrietta de quem ele também gostava. A tentativa de suicídio de Edward veio reforçar as minhas suspeitas mas afinal…

Quem cometeu o crime sempre fora a viúva por ciúme. Henrietta apenas a defendeu por compaixão. O desfecho dado a Gerda foi o mais justo. Uma mulher que matou o marido por se sentir desiludida com o facto de ele, na verdade, não ser aquilo que ela idealizava não poderia ser condenada barbaramente pela justiça. Assim pôs ela própria termo à vida.

Um final sensato!

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