A guerra, qualquer que ela seja e onde quer que se
desenrole, deixa sempre a sua marca de devastação. Muitas vezes nem sempre a
real extensão da tragédia humana nos é dada a conhecer.
Quando os Estados Unidos e os países aliados invadiram o
Iraque em dois mil e três, o que nos chegava pela comunicação social eram os
bombardeamentos inteligentes com bombas teleguiadas que não beliscavam sequer
um civil.
Ao lermos esta obra, verificamos que não foi nada disso que
aconteceu. Civis foram ceifados sem dó nem piedade. Famílias inteiras foram
reduzidas a pedaços, em algumas situações enquanto dormiam tranquilamente nas
suas casas.
Esta jornalista com nacionalidade libanesa e britânica
movia-se dos dois lados do conflito e traz-nos um testemunho arrepiante de como
era a vida no Iraque. Como as famílias lidavam com a perda de entes queridos,
como os mutilados tentaram reorganizar as suas vidas, como ficavam as crianças
sobreviventes de tenra idade.
A vida dos outros pouco valor ou nenhum tinha para os
senhores da guerra. Para uma comunicação social ocidental que devia ser isenta
pelos vistos também não.
No comments:
Post a Comment