Saturday, July 25, 2020

“Benefício Da Morte” (impressões pessoais)



E aqui estou eu novamente a falar sobre a obra de um dos meus autores favoritos.

Desta vez robin Cook traz-nos uma história sobre a ciência regenerativa. A capacidade de criar órgãos humanos completos a partir de um conjunto de células do próprio indivíduo- as células tronco.

Tal como em tudo na vida, talvez estas descobertas não agradem a toda a gente. Seria um bem tremendo para os doentes mas um péssimo negócio para as seguradoras e outro tipo de empresas que não lhes interesse que os doentes vivam mais tempo. É disso que trata este livro.

No início a história parece ser menos interessante mas depois ganha ritmo quando os cientistas que trabalham na investigação são envenenados com polónio 210.

A protagonista desta história- filha de um mafioso albanês e criada em orfanatos- resolve investigar por conta própria o que aconteceu ao seu mentor com quem tanto se identificava. Para ela, o seu mentor era como um pai. Era alguém que a compreendia. Para além de ser um brilhante cientista, também tinha uma história de vida semelhante á dela. Também ele era adotado e viveu em orfanatos. Toda a gente dizia que a aluna tinha um caso com o professor mas a relação deles era quase de pai e filha. Simplesmente eram dois amigos como um pai e uma filha devem ser.

Tendo grande estima pelo seu mentor, a aluna enceta uma investigação arriscada. Meteu na cabeça que a morte do seu mentor não foi acidental e resolveu encarar forças perigosas, incluindo a máfia albanesa que executou materialmente o crime a mando de homens poderosos do ramo dos seguros de vida e de saúde.

Em quase todos os seus livros, robin Cook traz a nu os interesses que se movem por detrás da Medicina. Já tenho ouvido dizer que o cancro só não tem cura ainda porque não é do interesse de grupos muito poderosos que tenha. Que ainda se faz quimioterapia bastante agressiva nos doentes porque há interesse nas indústrias farmacêuticas que assim seja.

Se as pessoas morrerem mais tarde, nos Estados Unidos, as seguradoras não ganham. As empresas do ramo dos planos de saúde perdem os seus rendimentos.

Dá que pensar.

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