O Mundo vai evoluindo a um ritmo vertiginoso. Por vezes
ponho-me a pensar onde vamos parar. Somente há dez anos atrás não sabíamos o
que eram aplicações, os smartphones não eram acessíveis a todas as bolsas e a Google
servia apenas para fazer pesquisas. Era mais um motor de busca como o Yahoo, o
Sapo ou ainda o Altavista. Eu quando estudava não fazia pesquisas no Google.
Era no Yahoo.
Já havia redes sociais há dez anos atrás. Penso que tenho
Facebook desde 2010. O que não havia era o potencial que as redes sociais têm
hoje. Mesmo um blog, como eu ainda hoje teimo em ter, está ultrapassado. Se eu
colocar este mesmo texto que estou a escrever diretamente no Facebook, terá
mais visualizações. Resolvo o problema. Escrevo o texto para publicar no meu
blog e partilho no Facebook. Melhor assim?
Hoje a Google funciona como a nossa consciência. Quem diz a
Google diz também o Spotify ou o Youtube. Estas aplicações como hoje se diz já
sabem o que nós queremos ouvir, as notícias que queremos ler, as pessoas que
queremos encontrar. Tudo graças aos algaritmos e a uma forma ainda primitiva de
inteligência artificial, tendo em conta tudo o que este livro abordou.
Com bases científicas sólidas e a consulta de outras obras,
uma das quais eu também já li, o escritor português transforma esses factos
numa história aterradora de ficção.
Por um lado, seria interessante podermos passar a nossa
consciência para um computador e depois vir a ser criado um humanóide com as
nossas características. Foi algo que neste livro não aconteceu. Simplesmente o
cientista chinês fez upload do seu cérebro para o computador e explorou tudo o
que as novas tecnologias podiam fazer de mau.
Aplicada com conta, peso e medida, a inteligência artificial
vem trazer benefícios tremendos à Humanidade. Especialmente pessoas como eu,
que têm algum tipo de limitação física, beneficiam e muito com o avanço
tecnológico. Dou por mim a pensar como seria se tivesse perdido a capacidade de
ler há catorze anos, como temi que acontecesse. Se calhar ia ter mais
dificuldades do que as que estou a enfrentar hoje. Por exemplo, estou a
recorrer ao leitor de ecrã do computador que me vai dizendo o que estou a
escrever. Graças a isso, é possível eu praticar esta atividade que tanto gosto
que é a escrita. Lembro-me que na altura tinha um telemóvel muito pequeno. Era
azul. Não tinha leitor de ecrã. Nunca tinha ouvido falar do Iphone. Quando em
dezembro de 2018 comecei a perder a capacidade de ler com os olhos, comecei a
usar o Voice Over- sistema nativo da Aple. Quando me vi completamente às
escuras, não deixei de estar por dentro da atualidade. O telemóvel ou
smartphone como agora é conhecido dava-me essa possibilidade.
Continuo a dizer que José rodrigues dos Santos copia muito
Dan Brown. O escritor norte-americano já abordou esta temática.
Termino com um pequeno e insignificante episódio que me
chamou a atenção nesta obra. Quando o cientista chinês acordou dentro do
computador e ficou confuso quando à possibilidade de estar morto ou vivo, ficou
com receio de ser enterrado vivo como alguns cujas unhas se podem ver cravadas
no caixão quando depois os vão desenterrar. Logo uma imagem me veio ao
pensamento. Correm rumores de foi isso que aconteceu ao cantor e compositor
Carlos Paião. Eu pensei: este escritor tem muito conhecimento de factos
passados em Portugal. Depois caí em mim e lembrei-me que estava a ler um livro
de um autor português. Talvez tenha sido mencionado este episódio como mera
coincidência. Nenhum caso em concreto mas tratando-se de um autor português…
Um livro que nos leva a refletir, tal como muitos outros que
já existem sobre esta temática da inteligência artificial.
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