Já aqui tenho falado da forma como o meu subconsciente vai
buscar certas coisas. Ultimamente tem pegado em coisas do passado e tem
recontado as histórias, adulterando o que se passou. Este episódio é muito
insignificante.
Eu sempre tive o hábito, desde tenra idade de aluna da
escola primária, de deixar tudo para a última hora. Estudar era na véspera dos
testes e os trabalhos de casa muitas vezes eram feitos em cima do joelho no
intervalo das aulas.
Mesmo que eu gostasse muito de uma disciplina, lá tinha de
passar altas horas a estudar antes dos testes, sempre com música de fundo e lá
tinha de pegar num lápis para fazer os trabalhos, acocorada no chão e com o
banco de cimento a fazer de mesa.
Houve um dia em que tinha de fazer uma redação para as aulas
de Holandês sobre a minha casa. Eu até acompanhei o texto com uma foto e tudo!
Lembro-me de também ter feito este texto muito em cima do
joelho. Talvez por falta de tempo.
Foi este episódio que o meu subconsciente recuperou.
Faltavam poucos minutos para eu apanhar o autocarro para Coimbra. Ainda me
encontrava em casa e tinha havido uma festa qualquer. Não tive tempo de fazer a
composição sobre a minha casa. Tinha de a entregar no dia seguinte.
Tinha de arranjar um tempinho para a fazer rapidamente. As
pessoas não me largavam. Como sair dali?
Um pouco á pressa, lá me refugiei no escritório para fazer o
trabalho de casa. Não me estava a conseguir concentrar.
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