Friday, July 10, 2020

Recreação onírica da morte de Miki Feher



Por vezes não sei onde o meu subconsciente vai buscar certas coisas. Como se isso não bastasse, reescreve a história completamente ao contrário de acontecimentos reais que não sei onde vai buscar.

O que se passou aqui foi o recontar de uma história que realmente aconteceu. Quem se lembra da morte do jogador do Benfica Miki Feher em Guimarães, sabe que o jogo se realizou numa noite de janeiro debaixo de forte temporal.

Não foi isso que aconteceu no meu sonho. O jogo foi realizado numa bela tarde de sol. O estádio encontrava-se vazio, como agora estão todos devido à pandemia. Ouvia-se perfeitamente os diálogos travados pelos jogadores dentro das quatro linhas.

As camisolas do Benfica eram de um vermelho anormalmente brilhante. Pareciam mesmo papoilas saltitantes, como diz o nosso hino. A relva também era de um verde bem saudável. Sentia-se o bom estado do terreno de jogo. Respirava-se ar puro.

Não havia público mas eu estava nas bancadas. Sentia o cheiro da relva e respirava ar puro. Não sei com quem o Benfica estava a jogar. Não me consigo lembrar da cor do equipamento da outra equipa. Apenas via os jogadores do Glorioso SLB. Ate do espaço se conseguiriam ver.

Feher caiu no chão uma primeira vez. Logo se acercaram colegas e adversários. Dobrando-se em dois, ele queixava-se. Os colegas e adversários pediam assistência ao mesmo tempo que lhe diziam para ter calma e respirar fundo, que isso logo ia passar.

Ele ainda regressou ao terreno de jogo. Passados alguns minutos, voltou a cair, desta vez para não mais se levantar. A apreensão foi visível. O aparato era muito. Já nada havia a fazer. Quem se lembra do que aconteceu em dois mil e quatro, sabe que Feher caiu fulminante no chão. Tinha entrado há poucos minutos quando a morte, sem aviso, o veio procurar.

Talvez eu tenha uma explicação para este sonho. Tem estado muito calor. Normalmente nesta época do ano nem costumam haver jogos. Costuma ser tempo de pré-temporada. Se há jogos, esses são disputados em ritmo de treino, não com a importância de decidir seja o que for.

Têm havido jogos a começar as cinco da tarde. Noto que se têm registado mais lesões nestes jogos. Talvez alguma desidratação contribua para estas incidências. Nos jogos que se realizam a essa hora, tem acontecido aparecerem jogadores caídos no chão que recebem assistência, regressam ao campo e voltam a deitar-se no chão para depois serem mesmo substituídos. Felizmente, nada de grave acontece com esses jogadores. Apenas sofrem mazelas musculares que não matam ninguém.

Se calhar há que repensar os horários destes jogos mas este ano já vai tarde e foi uma situação excecional devido aos tempos invulgares que vivemos.

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