Sunday, December 10, 2006

Primeiro dia no ginásio

E chegou o meu primeiro dia no ginásio para três semanas de experimentação. Havia que preparar as coisas.

A primeira vez que se vai para um local novo é na companhia da professora de Mobilidade ou da técnica de inserção que tinha ido com outra colega minha.

Meti-me ao caminho com a professora de Mobilidade. Tinha de ficar a saber onde e que autocarro haveria de apanhar. Essa dos autocarros! Vai prometer.

Saímos na paragem errada e andámos por ali à procura de um ginásio que ninguém sabia onde ficava. Foi uma forma de conhecer uma outra cidade de Coimbra que desconhecia. Ali as ruas eram tranquilas, havia belos espaços verdes e algumas vivendas.

Apanhámos novamente o autocarro e desta vez saímos onde devia ser. O dia, realmente, estava bastante agradável para dar um passeio a pé por aquelas bandas cheias de ar puro. Recomeçou a saga da procura do ginásio.

Tínhamos de subir bastante até encontrarmos o que procurávamos. Iria ser ali naquele espaço tão verde e tranquilo que iria passar as próximas três semanas. Até chegar lá tinha de contornar todo o edifício. Podia ir por umas outras escadas, mas as que davam para a recepção tinham os degraus marcados e é raro ver uma coisa dessas. Infelizmente!

Fui bem recebida por aquelas que iriam ser minhas colegas nas próximas três semanas. Ficou combinado eu começar já nessa tarde. Estava bastante ansiosa.

Depois do almoço na cantina que, afinal estava aberta, meti-me ao caminho. Ir-me-ia perder? Saberia ainda dar com o ginásio?

E lá fui eu metida no autocarro sempre atenta às referências. Saí onde devia ter saído. Subi as escadas, contornei o edifício...e lá estava eu sem desvios no local de “trabalho”.

As minhas colegas estiveram-me a integrar no esquema do ginásio. Tinha de entregar chaves, registar cartões num computador equipado com um plasma e dar toalhas, roupões e outros objectos.

Eu também tive de observar algumas tarefas, tais como analisar a água da piscina, fazer pagamentos e ver quem eram os clientes que levavam toalhas, roupões ou as duas coisas.

Também quis saber algo sobre a empresa que me acolhia e sobre o tipo de tarefas que iria desempenhar ao longo das próximas três semanas. Para primeira impressão, levo uma imagem positiva.

O meu primeiro dia de experimentação foi também marcado por alguns acontecimentos. Foi o enésimo sonho que tive com gatos atropelados.

Desde cedo que me estavam a ligar e a mandar mensagens para o meu telemóvel. Pensei que fosse brincadeira de alguns colegas meus. Já estava a perder a paciência. Quem era desligava logo.

Fui ao banco e sempre a mesma história de chamadas e mensagens que eu não sabia de onde vinham. Afinal era a minha colega que me queria avisar que as aulas de Holandês começavam no dia seguinte. Que bom!

Quando fui almoçar, depois do que acima relatei, notei que a escola estava diferente. Durante as férias o branco das paredes fora trocado pelo amarelo. No entanto, essa não era a única novidade que existia no edifício. Agora a casa de banho tem uma luz com uns sensores. Só que as luzes apagam-se e, ao fim de um certo tempo, temos de andar às escuras feitas toupeiras.

E para chegar a horas seja lá onde for? O autocarro é só um e tenho de apanhar só aquele, senão é atraso na certa.

Saí às seis horas. O autocarro demorou uma eternidade. Ainda fui comprar senhas e pedir horários de autocarros que nem sempre são cumpridos. Eram mais de sete da tarde quando cheguei ao treino. Lindas horas!

Tive de treinar à pressa porque a pista fecha às oito horas. O que iria fazer nesse curto espaço de tempo? Quando vi algum pessoal a fazer ginástica tive uma ideia brilhante: dar três ou quatro voltas e fazer também ginástica e alongamentos. Assim foi: dei quatro voltas à pista e aproveitei para “trabalhar a vertente física”. É o que se chama um treino “à laia de quem tem pressa”.

Mas nem se pense que eu fui descansar quando cheguei a casa. Isso queria eu! Havia ainda roupa à minha espera para lavar.

E finalmente dou por mim a ver um pouco de televisão e depois a ouvir as notícias do Desporto. Antes de me deitar fiquei a saber que no Gil Vicente as coisas vão de mal a pior. Parece que os jogadores não recebem e, como se não bastasse, também não jogam.

No dia seguinte iria fixar o caminho. Com a demora dos autocarros, mais vale ir a pé.

Situação do dia:
Isto de treinar tarde e a más horas, afinal, sempre tem as suas vantagens. Quando eu já me estava a vestir para ir embora, apareceu no balneário uma inglesa que tinha vindo a um congresso e aproveitava a pista para manter a forma. Foi uma oportunidade para desenferrujar o meu Inglês. Com a conversa, por duas vezes troquei o saco dos chinelos com o saco das sapatilhas. Eu sou assim!

Bacorada do dia:
"Power Rangers ou lá o que é isso." (Powerade)

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