Friday, December 15, 2006

Dia típico de chuva

Há coisas que só acontecem quando chove. Naquele dia, dei por mim a reflectir sobre a maior confusão que existe nesses dias. Olhamos pela janela e constatamos que está a chover. Logo pensamos que o dia vai ser complicado. Não nos enganamos.

Mas porque será que circulam mais veículos na estrada sempre que as condições climatéricas são adversas? As próprias pessoas parecem vindas sei lá de onde para darem mais movimento às ruas. Por onde anda aquela gente toda quando está tempo bom? Sou tentada a dizer que as pessoas preferem andar na rua quando chove.

Nos autocarros é a confusão. Andam, naturalmente, apinhados e nunca chegam a horas. Mais pessoas, mais trânsito, carros a buzinar numa chinfrineira insuportável, com todos os faróis ligados e a salpicar as pessoas que esperam os autocarros na paragem com água suja.

É nesses dias que as pessoas usam roupas mais escura. O azul-escuro predomina. O preto e o castanho também são muito vistos.

O mais incómodo nesses dias é enxugar a roupa no corpo depois de uma valente molha. Com o vento, o guarda-chuva não vale de nada. Temos de aguentar. Trazia pastilhas elásticas dentro da mochila que se deterioraram pela acção directa da chuva.

Levei o equipamento para o trabalho e quando chegou a hora de treinar tinha a t-shirt toda molhada. Maldito dia de chuva! Nesses dias parece que tudo nos acontece. É demais! De facto o clima está a mudar. Estamos a entrar no Outono!

Fora a chuva, o vento e a mudança de estação: a noite voltou a estar agitada. Um bêbado falava alto e com uma voz muito cómica ao telemóvel. Eram três da manhã. O indivíduo já muito afectado pelos copos em excesso, dizia ao seu interlocutor que, se ele ainda quisesse sair, que dissesse antes de ele entrar em casa. É que depois seria muito difícil voltar a sair. Pudera! Com a bêbeda com que ele estava, bastava sentar-se numa cadeira que logo tombaria para o lado a ressonar.

E lá fui para o trabalho bem cedo. O dia estava péssimo. Já o referi. Estava óptimo para andar de autocarro.

Andavam por ali uns óculos de Natação. Pode-se dizer que arranjei um brinquedo novo para ocupar a hora de almoço.

O meu trabalho é feito de algumas tropelias. Espetei um prego de um cacifo num dedo. Nada de grave.

Entre a uma e as três e meia da tarde o ginásio é um deserto. Nada há para fazer. Sempre se vai lendo alguma coisa. Às vezes ficamos a saber coisas extremamente interessantes sobre diversos temas que desconhecíamos de todo.

Depois das quatro horas começa a chegar gente e, a partir das cinco, a algazarra é completa com a chegada dos miúdos para as aulas. Temos de fazer os possíveis para manter a ordem.

O treino correu bem, apesar de andar a treinar com uma t-shirt húmida da molha que apanhei de manhã. Dei seis voltas à pista para aquecer e depois fiz três acelerações de 200 metros sem cronometragem porque ainda não tenho cronómetro. Posso dizer que fiz um bom treino, tendo em conta a fase atrasada da época em que nos encontramos.

E finalmente o merecido descanso! Era dia de entrevista ao presidente do Glorioso. Era uma entrevista muito esperada porque Luís Filipe Vieira iria revelar se se recandiataria ou não à Presidência do Benfica. Foi também mais uma oportunidade para se voltar a falar do “caso Apito Dourado” e do famoso dossier amarelo que contem passagens surpreendentes que envolvem gente bastante influente do Futebol Português.

Por fim, a notícia por que todos esperavam: Luís Filipe Vieira vai recandidatar-se.

Situação do dia:
Toupeira dum raio! Como não estou habituada a vir pelo caminho do Dolce Vita, não dava com a porta por onde normalmente costumo entrar para o treino. As portas ali são muitas. Depois de muito andar para a frente e para trás e de muito reflectir, lá dei com a porta e lá fui à minha vida.

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