Há dias alguém me disse que ultimamente tenho andado a ler uns livros muito estranhos, atendendo ás minhas habituais preferências literárias.
Eu sempre fui dizendo que estes livros vêm da biblioteca de Coimbra. Sendo livros mais pequenos, vou lendo no intervalo de livros maiores, mais agora que estou a ler uma longa série policial.
Entendia-se livros estranhos e manhosos estes livros mais eróticos.
Depois da estranha casa de alterne no japão, eis que surge mais uma obra que vou comentar com alguma malícia.
Começo por perguntar: mas por que é que os Franceses nas suas criações artísticas, seja no cinema, teatro ou literatura, têm sempre a mania do erotismo? Costuma-se até dizer que o Francês é a língua do amor por excelência. Parte dos romances eróticos que conheço ou são escritos por franceses ou se passam nessas paragens, tendo também como protagonistas muitas vezes pessoas dessas terras.
Segunda pergunta: mas são só os homens que pensam em sexo a toda a hora, como acusam as mulheres de acontecer?
Bem, a julgar pelo relato presente neste livro, esta senhora não saía de casa sem pensar em sexo e na hora de se encontrar com o seu amor que ainda por cima era um homem casado.
Ao ler isto, chego á conclusão que esta senhora (não sei se a própria autora deste pequeno livro) é no mínimo uma ninfomaníaca.
Ela não está só apaixonada. Ela sonha com prazeres proibidos ao lado do homem que lhe ocupa de uma forma obsessiva os atos e os pensamentos.
Ela não faz nada que não tenha a ver com o seu amado. Logo se imagina em prazeres proibidos. Até enquanto aguarda por vez na caixa do supermercado. Isto até dá vontade de observar melhor as pessoas que se encontram nas filas das caixas. Mesmo a respeitável avozinha que pergunta o preço da farinha pode ter ideias pecaminosas na cabeça. A respeitável mãe de família que coloca no tapete a papa do bebé pode ser uma depravada. Nunca se sabe. A mulher de meia idade que quase é atropelada na passadeira porque atravessou o semáforo vermelho podia estar a pensar na noite tórrida e de prazeres proibidos que teve na véspera ou que ainda vai ter quando escurecer e as cortinas do seu quarto forem corridas, se é que ela não queira partilhar com os vizinhos as loucuras que faz na cama.
Em suma, nunca se sabe o que é que pessoas que passam por nós, mulheres neste caso, andam a pensar. Os prazeres secretos já não são tão secretos assim. Pelo menos para esta senhora francesa.
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