Descubro agora mais um talento para o romance policial vindo do Norte da Europa, mais concretamente da Dinamarca.
Nunca tinha lido nada deste autor, apenas li outros autores provenientes das mesmas paragens com grande jeito para conceber obras policiais capazes de tirar o folego aos leitores. De onde vem o talento desta gente para escrever sobretudo romances policiais de elevadíssima qualidade? Da experiência própria não é porque o Norte da Europa possui os índices de criminalidade mais baixos do Mundo. Será por isso que os livros policiais vindos dessas paragens são tão bons?
Eis mais um exemplo: a história passa-se na zona de Copenhaga. Começa com uma verdadeira carnificina numa fazenda onde existem muitos bonecos de castanhas daqueles feitos e vendidos pelas crianças no outono.
Cerca de trinta anos depois desses acontecimentos, começam a surgir mulheres com os membros amputados e com os tais bonecos de castanhas junto ao corpo das vítimas.
Descobre-se que as impressões digitais presentes nesses bonecos são de uma menina de doze anos que havia sido dada como morta há um ano atrás. Ela era filha da ministra do Bem-Estar que tinha a tutela dos maus tratos infantis.
Descobre-se que as vítimas tinham em comum o facto de terem sido denunciadas por permitirem maus tratos por parte de companheiros aos seus filhos e por elas próprias negligenciarem as crianças.
O que está por detrás desta complexa trama? Apenas se desconfia que isso tem tudo a ver com a ministra e com o seu passado. Página após página, o livro entra num ritmo frenético até chegar ao surpreendente desfecho.
A revelação do assassino vai deixar o leitor de boca aberta. Isso eu posso prometer.
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