Já há muito que andava para ler este livro muito por ter ouvido muita gente falar dele.
Trata-se sem dúvida de uma obra muito peculiar. Enquanto que outros livros nos levam a formar imagens mentais do que vamos lendo, este estimula o nosso olfato. É isso mesmo: trata-se de uma obra para cheirar, digamos assim. Damos por nós a franzir involuntariamente o nariz enquanto vamos lendo. Sem dúvida, uma ideia genial de Patrick Suskind.
Claro que a obra se passa em França- terra de perfumes por excelência. Há quem diga que os perfumes foram ali criados porque os franceses não gostavam muito de tomar banho e iam para as cortes libertar os seus maus odores. Daí houve a necessidade de desenvolver fragrâncias para disfarçar o mau cheiro.
O protagonista desta obra é um indivíduo muito peculiar. Tendo nascido já num local onde abundava o mau cheiro, ele tinha um olfato apuradíssimo. Em contrapartida, não sentia o seu próprio cheiro. Ele era um génio a fazer de qualquer coisa um perfume. Tinha a ambição de criar um perfume que fosse perfeito para ele, que fizesse com que os outros seres humanos se sentissem atraídos por ele. Para isso, não teve pejo em matar.
No fim, e da maneira que ele menos queria, acabou mesmo por atingir o seu objetivo graças á original e macabra fragrância que criou.
Mais uma vez, destaco a singularidade desta obra. Quem se iria lembrar de criar uma obra para cheirar, digamos assim?
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