Wednesday, February 15, 2012

“Os Três Anjos”

De entre uma dor nas costas que me deu quando estava deitada e me demorou no sentido de voltar a adormecer e o telemóvel que, às quatro da madrugada, se lembrou de me informar que tinha mensagens novas por ler (pulei de susto), sonhei com imensas coisas das quais só lembro mesmo a parte final.

Num local desconhecido, estávamos reunidos a ultimar os preparativos para uma excursão de dois dias a algures.

No local onde nos encontrávamos havia uma pequena exposição com algumas poucas obras de Arte. Eram quadros, esculturas, desenhos, cerâmica…De entre todos aqueles objectos, havia um quadro que me disseram ser bastante famoso e ser uma honra estar ali exposto. Esse quadro era da autoria de um artista dos Balcãs que também ali estava.

Volto a frisar, que isto é muito importante, era uma honra ter ali exposto tão ilustre quadro. Mas…se de facto o era, ao menos tivessem posto a obra numa posição destacada onde toda a gente a pudesse ver, não por detrás de outros objectos. Sim, porque nos sonhos parece que as coisas quando estão em destaque estão lá no fundo ou por detrás de quinquilharias e esculturas de péssima qualidade, tal como estava este quadro. Isso é que era um destaque!

Ora vamos cá então descrever a obra! O quadro intitulava-se “Os Três Anjos”. Quando todos os objectos foram arredados da frente do quadro, quando eu e os meus colegas nos queixámos que não o conseguíamos encontrar, ficou à mostra um pequeno desenho quase infantil pintado sobre um fundo laranja. Nele estavam representadas três figuras angelicais que pareciam saídas dos desenhos animados com os cabelos louros, pintadas em perspectiva de retracto. As figuras tocavam longas flautas de pan.

Toda a gente que ali estava presente ficou admirada e algo desiludida pelas pequenas dimensões de uma obra que fora apresentada com altas credenciais. Mal se via e os outros objectos realçavam ainda mais a sua pequenez e insignificância.

Digerido este desapontamento colectivo, continuámos a discutir pormenores do nosso passeio. Estavam ali praticamente todas as pessoas que comigo se cruzaram na passada segunda-feira. Era por esses elementos que era constituído o grupo. Tudo pessoas que existem na vida real.

Agora discutia-se qual era o champanhe melhor para se levar. Eu fui dizendo a uma colega que era o da Bairrada, indubitavelmente.

O despertador tocou. Eram horas de acordar e saltar de debaixo das cobertas para o frio.

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