Tuesday, May 01, 2007

Despedida em festa


E chegava finalmente o nosso último dia de aulas. Era mais uma etapa que chegava ao fim. Agora partiríamos com o futuro indefinido. Seria uma semana de expectativa e de algum descanso a que se seguiria ao Natal.

Não havia aulas de jeito, digamos assim. Havia uma espécie de festa de Natal para apresentar uma peça de teatro dos alunos da outra turma que não puderam comparecer na outra festa. Chamámos-lhe a Festa de Natal dos Formandos.

Tal como havia prometido, também eu iria participar na festa. Antes ou depois da peça de teatro logo se veria. Para mim era igual.

Com umas calças brancas, um casaco vermelho com listas brancas e um barrete de Pai Natal fiz a festa. Não precisava de mais nada, a não ser de uma música que escolhi previamente e de um saco de Pai Natal como adereço.

Fui preparar o material. Estava um frio horrível para se mudar de roupa, mas tinha de ser. O outro pessoal preparava os seus adereços para a peça de teatro.

A peça consistia numa recriação de personagens típicas para o funcionamento da ACAPO que eram admitidos ou não num trenó de Pai Natal puxado por duas renas muito especiais: dois formadores. Estava o máximo!

E chegou finalmente o tão esperado momento de eu entrar em cena com a dança adaptada ao Natal de um tema instrumental chamado “Landslide”. Foi o que eu escolhi previamente para esse efeito. Lembro-me que há uns anos atrás tinha feito algo parecido com dois temas. Um deles era “La Copa De La Vida”. O outro não me recordo.

As coisas já tinham sido preparadas com antecedência. Houve que voltar a ligar a aparelhagem para passar o CD que eu já tinha preparado para iniciar imediatamente o meu número. Entreguei a minha máquina digital a um professor para filmar a minha actuação e o telemóvel a outro para tirar algumas fotos para colocar no meu blog. Passá-las para computador foi outra carga de trabalhos, mas tudo se viria a resolver mais tarde com a compra de um novo computador com tecnologia à maneira de comunicar com o telemóvel. Até lá, leiam a saga que foi tentar instalar o software do telemóvel (sem êxito) neste computador.

Voltando à festa e ao meu número de dança: tudo foi improvisado. Houve um momento em que eu dei com os pés no trenó que foi utilizado na peça de teatro, mas isso mal se notou. Pelo menos foi o que eu concluí após o visionamento do vídeo.

A pequena festa terminou com o nosso colega de Aveiro a recitar e a representar de forma bem expressiva alguns poemas de Albuquerque e Castro. Se no passado dia 16 ele tinha aberto a festa com o recitar de um poema do mesmo autor, desta vez coube-lhe a honra de encerrar a pequena cerimónia e, porque não, a nossa passagem pelas salas de aula da ACAPO.

O nosso almoço de despedida estava marcado para o mesmo restaurante onde na passada quarta-feira havia decorrido a Ceia de Natal. Ainda faltava bastante para a hora do nosso último repasto em conjunto. Pela última vez encontrámo-nos na rua todos juntos. Estava um belo dia de Sol e lá fora nem estava tanto frio como no interior dos edifícios. Soaram as últimas piadas, os últimos risos maliciosos, as derradeiras anedotas, os derradeiros momentos vividos em comum. A partir daquele dia cada um de nós seguiria o seu caminho num local de estágio ou em outro lugar. A outra turma permaneceria na ACAPO durante mais um ano de Formação.

O restaurante conheceu uma boa lotação. Formandos, formadores, equipa técnica, direcção da ACAPO-Centro e alguns amigos marcaram presença no evento. Mais uma vez a Direcção renovou as promessas de prosperidade para 2007 que já haviam sido proferidas dois dias antes.

Depois do almoço houve ainda uma reunião de despedida no salão. Equipa Técnica e formandos despediram-se assim de mais uma etapa de Formação. A incerteza quanto ao nosso futuro a partir de Janeiro ainda permanece, mas a última mensagem transmitida foi de esperança na concretização dos nossos estágios.

E assim caiu o pano sobre a minha passagem pela Formação da ACAPO. Como em tudo na vida, houve bons e mais momentos. Foi boa ideia incluírem experimentações no curso, mas aquelas últimas semanas que ficamos sem nada para fazer carecem de um estudo mais aprofundado para não voltar a acontecer o mesmo no ano que vem. As experimentações servem para nos dar alguma confiança e servem de barómetro para avaliarmos as nossas capacidades. O que me aconteceu de melhor foi a experimentação de sonho que tive na Académica e esta última experimentação na Piscina de Celas em que eu descobri, se calhar, potencialidades e capacidades para executar algumas tarefas que julgava de antemão ser incapaz de executar. Foi uma experimentação que me preparou, verdadeiramente, para o futuro e tudo indica que será lá também que realizarei o meu estágio. Assim espero!

Quanto a momentos menos positivos, também foram alguns. Destaco como momento mais marcante o que sucedeu no dia 24 de Janeiro de 2006. Não me quero estar a alongar mais sobre isso, até porque tudo se resolveu. Se as coisas tivessem corrido mal, não sei como seria. Graças a Deus que tudo não passou de um susto e de um mal entendido! Adiante!

Naquela manhã de muito frio andava o Diabo lá em casa. Tive de limpar água do chão por duas vezes sem perceber de onde é que ela vinha. O meu receio era que a minha senhoria escorregasse no chão molhado e partisse alguma perna. Uma fractura numa pessoa octogenária como ela pode ser perigosa.

Parece que sonhei com o meu telemóvel. Estava à espera que ele tocasse. Se calhar foi por não ter conseguido enviar mensagens. Com a ajuda de alguns colegas mais entendidos que eu em matéria de telelés, esse problema acabou por ser resolvido com algum custo, é certo. Agora tudo está a funcionar como deve.

Para além das despedidas do curso, nada de mais relevante se passou. Saí da ACAPO e fui fazer algumas compras. Foi no percurso para a Worten que encontrei a responsável pela residência universitária onde eu e a minha irmã estivemos enquanto frequentámos o Ensino Superior.

Escusado será dizer que gastei algum dinheiro em CD’s. Também comprei um casaco que andava há muito tempo para comprar.

O resto do tempo foi passado em casa a ouvir os novos CD’s e a arrumar as coisas. Ainda bem que eu tive a ideia de arrumar as coisas de véspera. Normalmente não costuma ser assim. Já estava a adivinhar!

Situação do dia:
Porque é que é justamente quando eu estou para sair de casa que acontece qualquer coisa para me atrasar? É demais! Para além de ter limpo a água do chão por duas vezes, tive de apanhar bolachas que caíram ao chão do meu quarto e se esmigalharam. Fiquei fula com tudo isto!

Bacorada do dia:
“Se a pessoa que está aqui não esteve lá, como é que sabe?” (Por poderes telepáticos e de omnisciência.)

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