Thursday, May 03, 2007

À espera que o telefone toque

O dia revestia-se de grande importância para todos nós. Partimos para estes dias de descanso cheios de dúvidas quanto ao nosso futuro.

Ficou assente que seríamos contactados a 29 de Dezembro para nos comunicarem o veredicto final. Todo esse dia seria passado na ânsia que o telefone tocasse.

Tive de ir tratar de uns assuntos a Anadia. Levei o telemóvel comigo para não perder mesmo nada. Estava mesmo em pulgas por saber se ia ou não para estágio. Disso dependia toda a minha vida.

Ficando mais um ano em Coimbra sempre dava para organizar a minha vida. Continuaria a estudar Holandês, faria provas desportivas e treinaria com outras condições, teria tudo perto, participaria em projectos de voluntariado…

Na minha terra não há nada. Que me dissessem que não havia estágio! Eu nem sei o que fazia se isso acontecesse.

Estava a chegar a casa quando o telefone tocou. Corri que nem louca para o atender.Do outro lado da linha as novidades foram excelentes. Tirei boa nota no conjunto das três experimentações e iria para a Piscina de Celas, tal como ansiava.

Acabou a expectativa. Afinal andámos com tanto medo e tudo acabou bem. Toda a gente vai estagiar e pronto. Foi um grande susto que nós apanhámos ao longo de todos estes dias.

Deitei-me bastante tarde a noite passada. Estive a ler um pequeno livro chamado “O Rei de Montoyya” em que se contavam umas histórias estranhas de uns habitantes de uma localidade imaginada pelo autor.

Voltei a sonhar com o Artem Dzuba do Spartak de Moscovo e com a minha irmã. Uma variante do sonho que tive há uns tempos atrás. Mas esperem para ver a melhor. Mais sonhos estranhos em 2007. Com este artista e com outros. Sonhos divertidos e pesadelos horríveis.

Ainda sonhei com um rapaz ali do Interior que esteve connosco na Semana Jovem em Viseu. Aí eu sei porque foi. No livro que eu estive a ler havia um personagem com o nome dele. Foi isso!

Como acima referi, fui até Anadia com o meu pai. Tinha de mandar reparar a minha máquina digital. Nos Correios havia muitos livros à venda. Eu aproveitei e comprei um livro com uma história em torno do Futebol. Achei interessante. Se eu pudesse comprava mais dois ou três. Por exemplo andava por lá um livro sobre Vincent Van Gogh.

As notícias que chegam do mercado de transferências dominam o dia. O Braga contratou um central peruano chamado Rodriguez. Não é usual vir um jogador do Peru aqui para Portugal. O mais famoso foi, provavelmente, Cubillas que parece que jogou no Porto aí nos anos setenta.

Com toda a certeza no Porto jogou outro peruano- Roberto Baroni. Lembro-me de um jogo entre o Porto e o Farense em que esse jogador se enfiou em voo pelo banco de suplentes dos algarvios. Parece que ele aterrou lá de cabeça.

O resto do dia foi passado em casa na minha vidinha normal. O meu pai tinha ido para um almoço para os lados de Mortágua. Já vão ver para que é que eu estou a dizer isto!

Situação do dia:
Alto aí! O meu pai que já vinha bem bebido veio à rua mandar parar o pessoal da minha terra que cantava as janeiras. Também já sem sede nenhuma, o pessoal pediu mil e uma desculpas á minha família pelo facto de terem vindo cantar as janeiras a uma casa enlutada. O meu pai ordenou que rezassem um Pai-nosso em memória do meu primo. Um coro de vozes bem desafinado começou a articular o Pai-nosso mais cómico que alguma vez ouvira rezar na vida. Comecei-me a rir porque aquilo foi realmente hilariante. Janeiras substituídas por um Pai-nosso abençoado pelo deus Baco.

Bacorada do dia.
“Onze e meia da tarde” (Hoe laat?!!!)

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