À falta de imagens nítidas nos sonhos, surgem os aromas.
Sonhei que estava em casa dos meus pais e me equipei para ir correr, como tantas vezes fiz.
Tirei uma camisola que tinha posto a secar do treino da véspera e vesti-a. Provavelmente não teria por lá assim tanta roupa disponível para treinar.
Anunciei que ia para a rua ao passar pela porta de alumínio da sala. A minha irmã e mais duas pessoas logo começaram a olhar para mim. Realmente estava a anoitecer, mas eu já havia feito treinos com menos visibilidade.
Quando fui questionada se ia assim para a rua, pensei que se referiam mesmo ao facto de estar a ficar noite. Logos questionei: assim como?
A minha irmã foi atirando que cheirava bastante a transpiração. Eu fui dizendo que por acaso nem me cheirava tanto. Além disso ia treinar, que mal fazia. Sendo a corrida bem puxada, passados alguns minutos, mesmo se eu vestisse uma camisola lavada e cheirosa, ia adquirir o odor desta. Ia correr, não ia para um baile de gala!
E três almas começaram a moer-me o espírito por eu ir para a rua correr a cheirar a transpiração. Não me largavam mesmo!
Acordei. As saudades de ir correr para a rua apertaram forte.
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