Saturday, January 23, 2021

Impressões pessoais de um livro de Fernando Perdigão

 

Continuamos na senda de livros que nos podem arrancar sorrisos. Neste momento que atravessamos, rir é mesmo o melhor remédio. Para tristezas, basta-nos ver que muita gente está a sofrer no Mundo com esta maldita pandemia.

 

O brasileiro Fernando Perdigão traz-nos uma espécie de romance policial com muito humor à mistura. Não tenho o título deste livro. Era apenas um ficheiro com números, mas não foi por isso que deixei de ler e que agora venho aqui comentar.

 

A ação passa-se na cidade de Lisboa. Andrade, um excêntrico detetive brasileiro que se gabava de ter resolvido todos os casos que lhe foram entregues, veio a Portugal participar numa conferência sobre criminalidade.

 

A Polícia Judiciária pediu a colaboração deste ilustre personagem para desvendar o caso da morte de uma prostituta brasileira que apareceu morta sem os órgãos internos.

 

De uma forma muito peculiar, roçando até a arrogância E A SOBRANCERIA, Andrade foi ouvindo testemunhas e suspeitos. A sua forma de interrogar fazia corar os inspetores portugueses. Os seus comentários mordazes, a sua falta de modos e as suas ameaças não faziam parte dAs maneiras dos investigadores lusitanos. Andrade era mesmo assim! Além disso, não podia ver um rabo de saia.

 

Comendo em abundância e sempre com maneiras pouco de acordo com a etiqueta, Andrade lá ia fazendo o seu trabalho. Sempre insinuando, especulando, tecendo comentários maliciosos e mordazes, o detetive brasileiro seguia como se nada fosse com ele. Pouco lhe importavam as aparências.

 

Um episódio marcante e que mais me arrancou gargalhadas foi o da visita de Andrade a uma casa de fado. Em vez de ficar calado, começou a acompanhar os fadistas fora de tom e berrando a letra da música. Por mais que o tentassem mandar calar, Andrade continuava.

 

Com a ajuda da sua assistente Lurdes, Andrade acaba mesmo por deslindar este caso que envolvia a comunidade brasileira a residir em Portugal.

 

Este livro pode-se considerar um romance policial, mas com muito humor. À MISTURA. ANDRADE ERA, COMO SE DIZ EM BOM PORTUGUÊS, UM CROMO RARO.

 

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