Deve ser a primeira vez que tenho oportunidade de ler um livro escrito por um autor turco.
Este é o primeiro romance de Orhamn Pamuk desde a atribuição do prémio Nobel da Literatura em 2006.
O autor narra na primeira pessoa a história de Kemal, um homem rico que se apaixona loucamente pela sua prima pobre que era empregada de loja.
El estava noivo de uma jovem da alta sociedade, mas deixou-se perder por aquele amor obsessivo que o levou à ruína.
Kemal tornou-se uma espécie de acumulador de objetos do quotidiano que invocam a sua amada. Depois de algum tempo sem ter notícias dela e sofrer com isso, acaba por a encontrar casada á pressa com um excêntrico realizador de cinema.
Kemal aproxima-se da família e frequenta a sua casa todos os dias. Ao longo dessas visitas, vai subtraindo objetos da casa para adicionar à sua coleção substituindo-os por outros mais caros. Só para terem a noção do grau de loucura deste homem.
Com a morte da sua amada num acidente, ele tem a ideia de criar um museu. Compra a casa da família da sua amada onde tantas vezes jantou transforma-a em museu para assinalar o seu amor.
Trata-se de uma leitura bastante agradável, apesar de o livro ser extenso. O autor demorou seis anos a escrevê-lo.
Sempre curiosa nos usos e costumes de outros países, achei esta obra bastante produtiva quanto ao conhecimento da sociedade turca. É através da leitura que vamos conhecendo sem sair do lugar alguns destinos que não temos hipóteses de visitar in loco.
Gostei bastante deste livro por isso mesmo. Normalmente não gosto de histórias lamechas de amor, mas esta vale pelo relato pormenorizado dos usos e costumes na Turquia.
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