Monday, January 09, 2012

“O Símbolo Perdido” (impressões pessoais)



Dizia eu que ia ler este livro num ápice e cumpri. A leitura estava a ser atractiva e o desenrolar da história aguçava-me ainda mais a curiosidade para continuar a ler sem parar.

Para além de serem livros repletos de acção e suspense, as obras de Dan Brown têm também o condão de sempre nos enriquecerem culturalmente, na maioria das vezes tendo por base matérias mais místicas. Como também adoro esse tipo de leituras, para lá da acção e do suspense, torna-se viciante para mim ler um livro destes.

No caso desta obra específica, ela tem por base a Maçonaria que, no meu entender, é uma sociedade secreta muito parecida com os Templários. Ambas as sociedades alimentam o imaginário das pessoas e sobre elas muito se escreve e muito se inventa. Sempre me disseram mundos e fundos sobre a Maçonaria. Que eles se encontravam com o Diabo, que o seu deus era o dinheiro, por isso todos os maçónicos tinham grandes fortunas e, mais espantoso, que viam nos seus cultos a própria morte que sempre se confirmava. O meu pai conta que uma vez foi pedir um copo a um homem de Vila Nova suspeito de pertencer à Maçonaria. Ele atendeu-o muito apressadamente alegando que estavam à espera dele. O meu pai conta que houve uma porta ou um portão que bateu com uma força tal que era impossível ter sido batido por um Ser Humano. Cheio de medo, o meu pai saiu rapidamente dali.

Aqui no nosso burgo há quem acredite que todos os nossos políticos são maçons. Reúnem-se nas suas irmandades durante a noite e de dia andam na troca de acusações apenas e só para o povo ver.

Todas as sociedades secretas perseguidas pela Igreja Católica, quer seja a Maçonaria, os Templários, os Espíritas ou outras, possuem sempre um fascínio a quem se interessa um pouco mais pelo Saber e pela origem das coisas. Acredita-se que todo o Saber mais precioso e mais poderoso se encontra na posse dessas sociedades secretas que a Igreja baniu por considerar uma ameaça aos seus dogmas. Para a Igreja, quanto mais Saber o Homem possui, mais afronta ele pode fazer àquilo que são as verdades absolutas que a Igreja vem impondo aos crentes.

É esse Saber poderoso e misterioso que está em causa nesta obra com um enredo surpreendente do qual não estava à espera.

O episódio que mais me marcou nesta obra teve a ver com o estudo da Noética por parte de Katherine que inventou inclusive uma balança de pesar a alma. Estes factos relacionados com a Noética também me fascinaram porque eu adoro saber de experiências fora do corpo, transmissão de pensamentos à distância e outras coisas do mesmo género. Foi um acréscimo ao meu interesse por este livro que talvez terá feito dele o melhor livro que li em 2011.

Agora vamos ler um livro mais pequeno. Dos subterrâneos de Washington D.C. viajamos até à África do Sul para conhecer a história de David Lurie. “Desgraça” é o título da obra que a seguir vou ler.

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