Friday, September 02, 2011

A saga do cronómetro

Levantei-me bem cedo naquele Sábado. Não tão cedo como queria mas o fim-de-semana é sempre aproveitado para ficar a dormir até mais tarde.

Como a nova época futebolística está mesmo aí à porta, há que ir até Anadia para adquirir aquilo a que eu chamo de “catálogos”. São aquelas publicações dos três jornais desportivos nacionais que normalmente saem antes de cada época futebolística se iniciar. Já desde os meus tempos de liceu que não deixo de os comprar. Ainda sou do tempo em que guardava dinheiro de parte (ainda escudos, claro está) para os adquirir. Dão-me um jeito tremendo.

Meti pés ao caminho, até porque eu preciso de fazer caminhadas. Coloquei o cronómetro a postos e meti-me à estrada. Cheguei um pouco mais abaixo e apanhei boleia. Cheguei a Anadia bem cedo e consegui encontrar duas das três publicações. Faltava-me uma que ainda não tinha saído.

Iniciei o caminho inverso mas apanhei boleia sensivelmente a meio da Moita. A sobrinha tinha ido buscar o tio ao aeroporto. Ele chegava dos Estados Unidos e seguiam ambos no carro deste. Deram-me boleia para casa. Com a conversa nem me apercebi que o cronómetro, que eu havia parado antes de entrar no carro, me havia caído do bolso.

Quando cheguei a casa avisei o meu pai de que o amigo dele tinha acabado de chegar. Dando por falta do cronómetro que também uso para ver as horas, logo o procurei avidamente. Não o encontrando, e tendo a certeza que o meti no bolso dos corsários antes de entrar no carro, depreendi que ele lá tivesse caído.

E la estava quando a minha mãe se dirigiu a casa da minha colega. O tio dormia, certamente a recuperar da longa viagem, mas a sobrinha achou o meu cronómetro no chão do carro e entregou-o à minha mãe.

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