Mais uma incursão pela poesia. Mais um escrutínio pela alma de alguém que gentilmente a expos ao Mundo.
Sim, porque continuo a dizer que a poesia é a voz da alma, daí não se perceber muitas vezes o que o poeta quer dizer. Como é complicada tal linguagem! Como se vai por atalhos linguísticos para explicar coisas tão simples?
Continuo a dizer que é preciso conhecer o estado de alma no momento da elaboração de um poema para o compreender. Para mim é tão complexo entender alguns poemas como compreender uma complicada equação.
Mesmo assim eu tento. Tento sempre concentrar-me mas acabo sempre por me perder. ´ É como se através da porta aberta pela alma alheia se abra um atalho para a minha própria alma. Tal como acontece a um atalho de um programa qualquer de um computador. Nem trinta segundos me embrenho num poema, por mais esforço que faça.
No caso deste livro de Hélia Correia, a linguagem até é simples. Os jogos de palavras e a forma como a autora constrói as frases é que tornam complicada a compreensão do poema.
Eu, que um dia destes também me hei de aventurar a escrever poemas, simplesmente tento observar como outros os escrevem. Sinto que as regras rigorosas da construção de poemas de outrora já não existem mais. Constato que Hélia Correia nem rimas faz. Para que me hei-de preocupar com isso?
Chego à conclusão que, de uma forma ou de outra, já escrevi um poema. Alguns destes textos coloquei-os aqui.
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