Mais um mês passou e nada muda. A leitura é uma companhia constante e bem agradável. Uns livros são melhores que outros, mas isso faz parte.
A bem dizer, este livro nem é mau de todo. Tem suspense, mistério até ao fim. O que eu tenho a criticar neste livro é a forma algo confusa como está estruturado. Sem aviso prévio, recua no tempo, avança no tempo, volta a recuar, recua ainda mais e isso confunde o leitor. Há que ter bastante atenção e nem isso é o suficiente.
Este livro tem a ver com a materialização da fé que certas seitas religiosas impõem. Cobram dinheiro aos seus seguidores e enriquecem, tornam-se grandes empresas. Completamente o contrário do que uma religião deveria ser para quem recorre à fé num momento de desespero. Quanto mais desesperadas estão as pessoas, mais dinheiro voa para os cofres dos mentores dessas igrejas.
Aqui nesta obra temos claramente o ponto de vista de Fabiano ou de Vítor que defendem uma igreja mais baseada na doutrina e na fé e temos Francisco e Josafá que veem na igreja uma máquina de fazer dinheiro e um passaporte para o poder.
Tal poder leva à promiscuidade e até ao controlo das forças políticas. Este livro gira em torno dos laços criminosos entre estas seitas e a Política. Tudo é permitido, mesmo alianças improváveis. Não há limite ético para se atingir o Poder.
É pena este livro estar tão confuso e ter um final muito ambíguo também. Será que tem uma sequela. A terminar como terminou, é muito provável. Dá toda a ideia que a história continua.
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