Friday, September 28, 2012

O terror das lojas

Sonhei que eu, a minha irmã e uma nossa amiga tínhamos partido num périplo pelos santuários do consumo. Este é o resultado.

Lembro-me de andar num rio de águas pouco profundas a tentar desesperadamente apanhar um barco que ia para qualquer sítio aonde eu queria muito ir. Como vão ver mais adiante, para ir até ao local onde se passam estes sonhos, a estrada serve muito bem. Mas por que é que nos sonhos há sempre a tendência de complicar? Fazia um esforço imenso por achar a abertura do barco sempre em movimento para entrar. Ao fim da enésima tentativa, lá consegui.

Estávamos numa SportZone algures. Não era em Coimbra. Eu experimentava peças de vestuário. Mas como é que o meu subconsciente adivinhou que está de chuva? Eu só experimentava peças de vestuário impermeáveis e tinha escolhido algumas para levar. Uma delas era um blusão azul-celeste que eu trazia na mão. O chão da loja estava molhado e bastante sujo. O blusão escorregou-me das mãos e foi parar ao chão, ficando imundo.

A dona da loja ficou furiosa, apesar de eu insistir que levaria o blusão na mesma e que o lavaria em casa. Se eu o pagava, para que é que ela se estava a insurgir contra mim? Foi tecendo comentários a quem estava presente na loja em que barafustava imenso dizendo que , se pudesse, não teria problemas em correr-nos dali para fora sempre que nos visse entrar. Dirigia-se especialmente a mim.

Fomos para uma espécie de vestiário experimentar peças de vestuário. Realmente já tinham desarrumado parte da loja. De outra porta surgiu a minha mãe que ainda nos começou a defender perante a dona da loja.

Rumámos a um Pingo Doce lá para os lados do Ribatejo onde havia uma festa tremenda. Ali não se faziam compras naquele dia? Eu tentava adivinhar quem era quem ali. Ninguém estava fardado. Ninguém ali estava a trabalhar. A loja (a mesma com que sonhei há tempos que era ultramoderna) estava completamente diferente do sonho de há tempos. Estava colorida e engalanada. Alguns artistas foram convidados e fez-se de uma sala uma espécie de sala de espectáculos.

A certa altura, apareceu…Leonardo. Sim. O cantor brasileiro irmão de Leandro. Penso que no sonho os terei confundido. Que disparate! Um artista internacional a cantar numa pequena superfície comercial aqui em Portugal. Envergando um casaco de cabedal castanho, quase avermelhado, o cantor apresentava um ar muito trigueiro de pessoa do campo. Recordei no meu sonho que essa família, antes de se ter destacado na música, tinha-se destacado na plantação de tomate. Isto é verdade, estranho foi eu olhar para ele no sonho e recordar o que ele foi no passado. Começou por cantar esta música, que eu até tenho no meu mp3 actualmente.



Leonardo arrependeu-se e começou a cantar uma música bem brejeira, para condizer com o seu ar de campónio, uma canção nordestina que nunca lhe tinha ouvido.

A sala ficou vazia. Leonardo ficou sozinho a cantar a sua música. Todos os meus colegas da loja tinham de ir almoçar a horas. Havia que picar o cartão, vestir, almoçar rápido…

A certa altura, fiquei eu na sala juntamente com a minha irmã e a nossa amiga mas isso foi por pouco tempo. Leonardo ficou mesmo sozinho com a sua música.

Atravessámos uma rua estreita e entrámos numa pequena loja de perfumes. Elas queriam comprar perfumes mas não sabiam o que adquirir. A loja tinha pouco para escolher.

Elas tinham escolhido um perfume à base de frutos selvagens ou lá o que era. Eu não tinha ali nada para escolher inicialmente mas acabei depois por achar um que me agradava. Quando me preparava para o ir pagar, elas disseram que se tinham de ir embora porque não tinham ali nada para comprar. Sempre era melhor fazerem-se esse tipo de compras em Coimbra ou em Aveiro.

Eu pensei que ainda há dias tinha comprado uma água de colónia da Adidas (foi verdade). O perfume que eu queria custava vinte euros e eu tinha quarenta na carteira que tinha levantado ontem. Bem, por agora não precisava mesmo de nada.

Acordei. A manhã apresenta-se algo nublada neste dia especial.

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